Topo

Esse conteúdo é antigo

Pará exonera secretário da Saúde que guardava R$ 750 mil em casa, diz TV

Governador do Pará, Helder Barbalho, determinou exoneração de servidor alvo da PF - Mateus Bonomi/AGIF
Governador do Pará, Helder Barbalho, determinou exoneração de servidor alvo da PF Imagem: Mateus Bonomi/AGIF

Do UOL, em São Paulo

10/06/2020 14h00

O governo do Pará decidiu hoje pela saída de um servidor que ocupava um cargo de comando na Sespa (Secretária de Saúde Pública) após ele ser um dos alvos da Operação Para Bellum da PF (Polícia Federal). Segundo a CNN Brasil, a PF encontrou R$ 750.000 em dinheiro em sua casa.

"O Governo do estado exonera o secretário adjunto de gestão administrativa de Saúde, Peter Cassol, sem prejuízo das consequências cíveis e criminais", confirmou por meio do Twitter a administração do governador Helder Barbalho (MDB).

A operação da PF foi deflagrada na manhã de hoje e teve como foco principal as suspeitas de fraude na compra de 400 respiradores que deveriam ser usados no combate à pandemia do coronavírus no Pará. Parte dos equipamentos da China chegou a ser entregue em Belém, mas foi constatado que eles não serviam para o propósito que foram comprados.

Os ventiladores pulmonares foram comprados sem licitação e de uma empresa sem registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O valor da contratação foi de R$ 50,5 milhões e metade dessa quantia foi paga antes de parte dos equipamentos chegarem a Belém.

Em sua defesa, Barbalho disse que está "tranquilo", alega que o governo estadual já foi ressarcido pelo valor pago em adiantado e que o Pará entrou na justiça com pedido de indenização por danos morais coletivos contra os vendedores dos respiradores.

O próprio governador também foi alvo da operação, que cumpriu mandados de busca e apreensão no Palácio dos Despachos e na Sespa, entre outros endereços. Os crimes investigados são de fraude à licitação, falsidade documental e ideológica, corrupção ativa e passiva, prevaricação e lavagem de dinheiro.

Segundo o MPF (Ministério Público Federal), há suspeita de superfaturamento na ordem de 86% na compra dos respiradores.