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Presidente Bolsonaro diz que OMS é contraditória e perdeu credibilidade

Presidente Jair Messas Bolsonaro (Imagem: GloboNews) - Presidente Jair Messas Bolsonaro (Imagem: GloboNews)
Presidente Jair Messas Bolsonaro (Imagem: GloboNews) Imagem: Presidente Jair Messas Bolsonaro (Imagem: GloboNews)

Do UOL, em São Paulo

11/06/2020 19h36

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a OMS (Organização Mundial da Saúde), ao afirmar que o órgão é contraditório e perdeu credibilidade, durante transmissão ao vivo realizada pelas redes sociais, na noite de hoje.

"Organização que o tempo todo está na direita e esquerda, está oscilando, bastante contraditória, assumiu posições favoráveis ao isolamento, favorável e contraria a máscara, a penúltima contraria a cloroquina e depois favorável. A penúltima, a questão da transmissão de assintomáticos. Disse primeiro que a chance era quase zero e depois não deixou de desmentir, mas falou que existe a transmissão, quem sabe 0,01 dos assintomáticos. Falou isso para confundir e não foi claro até que pontos as pesquisas chegaram. Essa possível transmissão pode ser a cada 1 mi, 1 transmitir. OMS perdeu a credibilidade", disse ele.

No início da semana, o presidente Jair Bolsonaro já havia afirmado esperar uma "reabertura mais rápida" das atividades econômicas e que o "pânico pregado por parte da grande mídia" vai acabar depois de a OMS ter divulgado que a disseminação do coronavírus por pessoas assintomáticas é "muito rara".

A OMS, no entanto, alertou que há perigo de pessoas pré-sintomáticas transmitirem o vírus e avisou que os estudos sobre assintomáticos ainda não são muito abrangentes, informações omitidas pelo presidente e pela ex-mulher dele.

A OMS, na verdade, informou que "parece haver" baixa transmissibilidade de assintomáticos e citou por enquanto apenas um estudo de pequeno porte feito pela China.

A chefe do programa de emergências da OMS, Maria van Kerkhove, ressaltou depois, em sua conta no Twitter, que há diferenças entre assintomáticos e pré-sintomáticos —pessoas que ainda não têm sintomas, mas vão desenvolvê-los. Essas pessoas transmitem mais intensamente no início da contaminação.