Isolamento expõe descompromisso com favelas e os mais pobres, diz Mandetta
Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde, disse em entrevista ao colunista do UOL Tales Faria que "falta sensibilidade" ao falar de isolamento social sem considerar diferenças entre classes. Para ele, a pandemia do coronavírus "expõe descompromisso" do governo com as favelas.
"Na favela, com seis pessoas por barraco, naquelas vielas, uma das maiores incidências mundiais de tuberculose porque não tem esgoto, energia... Falar de isolamento no Brasil é muito complicado porque a gente acaba falando para uma classe social específica. Expõe nosso descompromisso achando que favela é coisa cultural. De romântico não tem nada. Está faltando sensibilidade."
Mandetta disse ainda que "é um debate difícil" discutir a flexibilização da quarentena em São Paulo e no Rio de Janeiro porque "o Brasil é um continente" e, por isso, mostra comportamentos diferentes a depender da região.
Ele acredita que apenas em agosto os números relacionados ao vírus estarão mais próximos da normalidade.
"Eu falei nas coletivas [quando era ministro] que seriam 20 semanas muito duras. Como vamos enfrentar isso vai separar menino de homem. Neste delta de tempo, até agosto, vamos estar voltando para os números mais próximos do normal. Mas vamos ultrapassar junho e julho."
*Participaram desta produção Arthur Sandes, Emanuel Colombari, Gustavo Setti, Mariana Gonzalez e Diego Henrique de Carvalho
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