Busca por UTI diminui na capital: 'não tem o sistema de saúde pressionado'
Resumo da notícia
- O secretário municipal de Saúde disse que a busca por internações em UTI está em queda e a taxa de ocupação de leitos em terapia intensiva, caindo
- Ele afirmou que no começo de maio eram 85 pedidos de vagas em UTI por dia; na última sexta-feira foram 34 solicitações
- O secretário afirmou que os dados de covid-19 são monitorados diariamente para identificar qualquer aumento na curva de contágio
- Mas a avaliação no momento é de que não há pressão no sistema de saúde mesmo com a flexibilização da quarentena, que começou em 1º de junho
O número de notificações de internações e a taxa de ocupação dos hospitais estão em queda em São Paulo desde a flexibilização da quarentena, ocorrida em 1º de junho, afirmou o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido. Ele acrescentou que na primeira semana de maio havia 85 pedidos de internação em UTI a cada dia por covid-19. Na última sexta-feira, foram 34.
"A gente não tem o sistema de saúde pressionado", declarou.
O secretário de Saúde ressaltou que é melhor esperar mais uma semana para ter uma visão final do impacto dos primeiros dias de flexibilização. Mas Aparecido disse que as estatísticas de saúde estão em queda na cidade de São Paulo. Mesmo assim, não descarta que pode ocorrer um novo aumento. Mas este repique não preocupa porque o sistema de saúde daria conta do aumento da demanda.
"Completar mais essa semana com estes números seria significativo. Mas mesmo que tenha alteração, o sistema de saúde, com os leitos existentes hoje, suportaria qualquer pressão que houver" afirmou o secretário.
A avaliação de que o pior momento passou ocorre em meio à retomada de parte das atividades econômicas. Nesta quarta, completa-se uma semana que o comércio de rua reabriu durante quatro horas por dia. Os shoppings podem funcionar pelo mesmo período desde a quinta-feira da última semana.
Regiões ainda são monitoradas
Mesmo com a queda na procura por hospitais, algumas regiões de São Paulo estão sob acompanhamento das autoridades do município. O secretário de Saúde citou Sapopemba, São Mateus, Pedreira e Capela do Socorro como áreas mais sensíveis. Aparecido explicou que todos os dados da cidade são tabulados dia a dia para detecção imediata de aumento da covid-19.
"Se tiver qualquer alteração vamos sentir na UBS, na AMA ou na Upa, que é onde a população tem o primeiro contato com o sistema de saúde".
O secretário disse que até o momento os números são positivos e a rotina começa a ser retomada nas unidades de saúde. Serviços que estavam suspensos, como exames, atendimento ambulatorial especializado e consultas, voltaram à ativa. Aparecido relatou ainda que as principais especialidades não foram interrompidas.
Virada de abril para maio foi pior momento
Analisando o que já aconteceu na pandemia causada pelo coronavírus, o secretário de Saúde declarou que o pior período foi entre 25 de abril e 09 de maio. Ele lembrou que naquelas semanas a taxa de ocupação de UTIs da rede municipal chegou a 94% e havia seis hospitais com todas as vagas de terapia intensiva ocupadas.
"Neste período não eram só hospitais. A gente estava com UPA cheia, lotada de gente com covid".
Aparecido falou que eram 85 pedidos diários de internação em UTIs e no começo de maio a rede municipal contava com cerca de 700 vagas —o sistema público também é composto por hospitais estaduais que evitaram colapso dos serviços.
O foco foi abrir leitos de terapia intensiva e houve contratação de 200 vagas em hospitais particulares. Com o recebimento de respiradores, hoje a rede municipal de saúde tem 1.340 leitos de UTI. O boletim divulgado ontem informava que a taxa de ocupação deles é de 60%.
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