RJ: Em 3 semanas, taxa de infecção nas favelas cresceu 103%, diz pesquisa
Uma pesquisa feita pela ONG Viva Rio mostrou que em 3 semanas — 29 de maio a 17 de junho — a taxa de infecção pelo novo coronavírus nas favelas e periferias do Rio de Janeiro cresceu 103%. O levantamento "SOS Favelas!" ouviu 889 pessoas entre 10 e 19 de junho pela internet.
Os infectados são, sobretudo, pessoas de 25 a 59 anos de idade, grupo que, segundo o levantamento, sai de casa e da comunidade para trabalhar.
A taxa de infecção de alguém do domicílio cresceu 83% nestas mesmas 3 semanas. Também verificou-se que a taxa de crescimento na capital e na Baixada é quase o dobro da encontrada em Niterói e São Gonçalo.
Redução da renda familiar
O levantamento também apontou para a queda da renda familiar durante a pandemia — em maio, diminuiu 20%, e os mais pobres foram os que mais perderam.
Dos entrevistados, 29% afirmaram ter exercido alguma atividade remunerada no mês de maio. A falta de trabalho atingiu 65% daqueles que estavam dispostos a trabalhar.
Apesar das dificuldades, mais de dois terços dos entrevistados ajudaram outra família que passava por adversidades. Mesmo nas faixas de renda mais baixa, essa atitude de solidariedade envolveu mais de 60% dos entrevistados.
Em relação ao benefício federal, 46% afirmaram ter conseguido acesso — o gasto prioritário entre os que receberam foi em alimentos, materiais de higiene e pagamento de contas e dívidas.
Sobre a situação econômica da comunidade, 55% são pessimistas e apenas 25% acreditam que vai melhorar.
O estado do Rio registrou até ontem 111.298 casos confirmados e 9.819 óbitos por coronavírus, segundo dados divulgados pela secretaria de Saúde.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.