DF libera aula presencial e abertura quase total de atividades comerciais
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), publicou um decreto na tarde de hoje no qual liberou o retorno das aulas presenciais em escolas e universidades privadas a partir de 27 de julho. A rede pública está autorizada a funcionar a partir do dia 3 de agosto, de forma gradativa. As medidas foram publicadas em edição extra do Diário do Oficial do DF.
Atividades comerciais e industriais, de forma geral, também estão liberadas de acordo com protocolos e agenda específica para cada setor. Os restaurantes e bares, por exemplo, poderão funcionar a partir do dia 15 de julho. Salões de beleza e academias também ganharam aval para reabrirem. Comércios de ruas e shopping centers já estavam liberados.
A medida contempla exceções. Continuam proibidos:
- a realização de eventos, de qualquer natureza, que exijam licença do Poder Público
- eventos esportivos no Distrito Federal, inclusive campeonatos de qualquer modalidade esportiva
- as atividades coletivas de cinema, teatro e culturais, de qualquer natureza, exceto quando ocorrer em estacionamentos, desde que as pessoas permaneçam dentro de seus veículos, devendo ser observada a distância mínima de dois metros entre cada veículo estacionado
- o funcionamento de boates e casas noturnas
- creches, em atendimento a uma decisão judicial
Outros setores estão autorizados a funcionar a partir das seguintes datas, desde que sejam cumpridos dois protocolos, o geral e o específico. São eles:
- Comércio de rua: já liberado, com funcionamento das 10h às 20h
- Shoppings e centros comerciais: já liberados, com funcionamento das 13h às 21h
- Salões de beleza, barbearias, esmalterias e centros estéticos: a partir de 7 de julho
- Academias de esporte de todas as modalidades: a partir de 7 de julho
- Bares e restaurantes: a partir de 15 de julho
- Escolas, universidades e faculdades, da rede de ensino privada: a partir de 27 de julho
- Escolas, universidades e faculdades, da rede de ensino pública: a partir de 3 de agosto
O novo cronograma de reabertura no Distrito Federal ocorre três dias depois de o governo decretar estado de calamidade pública por causa da pandemia do novo coronavírus. A medida faz com que o DF possa contar com liberação de recursos do governo federal e prorrogar o pagamento de empréstimos feitos junto a ele, entre outras.
O Distrito Federal tem visto um aumento no número de casos de covid-19 nas últimas semanas. Ao todo, são 50.676 casos confirmados desde o início da pandemia do novo coronavírus, com 620 mortes.
Segundo a secretaria de Saúde, a taxa de ocupação nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) reservados para pacientes com o novo coronavírus atualmente é de 93,27% na rede privada e 65,21% na rede pública.
Na terça-feira, Ibaneis Rocha disse, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que estudava a reabertura total pois as "restrições" já não serviam para nada, pois se esgotou o "limite" da população. "Vai ser tratado como gripe, como isso deveria ter sido tratado desde o início."
"Pedi para o pessoal fazer o estudo (para a reabertura). Até início de agosto eu deixaria tudo aberto. E nem seria com restrições, não. Restrição não serve mais para nada. Você não consegue mais fazer com que as pessoas fiquem em casa. O limite do isolamento já chegou. Ninguém fica em casa mais", disse.
Distanciamento entre clientes
Foram elencadas obrigações de saúde como garantia do distanciamento entre os clientes de pelo menos dois metros, utilização de equipamentos de proteção individual, revezamento de trabalhadores, proibir nas equipes pessoas do grupo de risco, disponibilizar álcool em gel 70%, higienização dos estabelecimentos e banheiros, uso de máscaras de proteção facial e aferição da temperatura de trabalhadores e clientes.
Já nas instituições de ensino da rede pública, o retorno será gradativo, começando com as do ensino médio e indo para as séries inferiores, até chegar ao infantil. O GDF anunciou, ainda, que distribuirá máscaras e garrafas de água aos alunos. Além disso, fará a testagem dos trabalhadores da educação.
*Com informações da Agência Brasil
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