Porto Alegre endurece restrições, e prefeito diz: "Não tenho alternativa"
A Prefeitura de Porto Alegre publicou hoje, via decreto, novas medidas de restrição para desacelerar o número de contágios por coronavírus na cidade.
Assinado pelo prefeito Nelson Marchezan (PSDB), o texto determina iniciativas como o fechamento de parques e ampliação das limitações de funcionamento do comércio - supermercados, por exemplo, só podem receber 50% da capacidade.
A partir de amanhã, também ficam reduzidos os espaços que servem como estacionamentos públicos na cidade. A medida é válida, a princípio, por 15 dias.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, Marchezan disse entender a "angústia" pela retomada da economia, mas que o aumento de novos casos não pode ser ignorado.
"Eu entendo a angústia de cada um dos trabalhadores e dos empresários que construíram um caminho econômico de independência, mas espero que também entendam que não posso aceitar que tenhamos pessoas falecendo às dezenas e às centenas, como em outros estados e países, porque não tinham o mínimo de atendimento na área da saúde. Não tenho outra alternativa. Mas eu não deixo de entender a angústia deles. Posso garantir, eu também a sinto", falou.
O prefeito de Porto Alegre afirmou à rádio que tomou a decisão diante do aumento de ocupação de leitos de UTI na cidade - atualmente, são 175 ocupados, maior número desde o início da pandemia. A projeção, no entanto, é pessimista.
"E, até o fim do mês, chegaremos em uma capacidade que não temos. Teríamos que entrar em estruturas que não seriam indicadas, como salas de emergência. Todos os países do mundo, independente da sua ideologia, tiveram que buscar alternativas de restrição de atividades econômicas. E eu lamento muito que não tenhamos descoberto outra alternativa", completou ao veículo.
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