Mourão diz que não é hora de trocar ministro da Saúde: "espera arrefecer"
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), disse hoje que não é hora de efetivar um novo ministro da Saúde. Em entrevista à CNN Brasil, Mourão afirmou que uma troca na pasta só deve ocorrer quando a pandemia do novo coronavírus estiver controlada.
O Ministério da Saúde é comandado de forma interina pelo general Eduardo Pazuello há dois meses, desde o pedido de demissão de Nelson Teich. Antes, houve outra troca no comando da pasta com a saída de Luiz Henrique Mandetta em abril, já em meio à pandemia. Em sua coluna de hoje na Folha de S.Paulo, Mônica Bergamo informa que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já estuda alternativas para mais uma mudança.
"Não acho que é momento agora, espera a pandemia arrefecer e aí troca", disse Mourão, que disse enxergar sinais de que a doença pode estar sendo controlada no país.
"Eu vejo que hoje a pandemia começa a apresentar menores graus de letalidade onde houve um avanço muito rápido como foi em São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Belém, ela começa a retrair. Está avançando nas áreas onde o inverno chegou, conjugada com doenças respiratórias, como no Sul do país e Centro-Oeste", disse.
Apesar de realmente as cidades citadas por Mourão apresentarem nas últimas semanas uma queda na mortalidade e taxa de contágio, os números totais da pandemia no Brasil ainda não deram sinais de retrocesso.
De acordo com levantamento do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, o Brasil apresentou, no boletim de ontem, uma média móvel de 1.052 mortes por dia durante a última semana. Ao todo, são 1.887.959 casos oficiais registrados, com 72.921 óbitos desde o início da pandemia.
Para Mourão, é preciso esperar para ver o cenário nas próximas semanas antes de qualquer decisão relacionada ao ministério.
"Aquelas disparidades e desigualdades regionais surgem nesse momento, então deixa as coisas avançarem mais um pouco e realmente se ter a noção de que atingimos um ponto em que está realmente controlada para trocar o ministro", disse.
Veículos se unem em prol da informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro (sem partido) de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa e assim buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes de autoridades e do próprio presidente colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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