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Covid: com 770 mortes em 24h, Brasil abre semana com aumento em 4 regiões

Corpo de vítima do coronavírus é sepultado no Cemitério Municipal Recanto da Paz, em Breves, Ilha de Marajó, no Pará - Tarso Sarraf/Estadão Conteúdo
Corpo de vítima do coronavírus é sepultado no Cemitério Municipal Recanto da Paz, em Breves, Ilha de Marajó, no Pará Imagem: Tarso Sarraf/Estadão Conteúdo

Allan Simon

Colaboração para o UOL, em São Paulo

13/07/2020 18h50Atualizada em 13/07/2020 22h39

O Brasil abriu a semana com mais confirmações de mortes causadas pelo novo coronavírus do que o registrado na segunda-feira passada. De acordo com levantamento do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, 770 novos óbitos passaram a constar dos balanços das secretarias estaduais de saúde. Na semana anterior, no dia 6 de julho, foram 656 os adicionados num período de 24 horas. Agora, o país contabiliza 72.921 mortes desde o início da pandemia.

Apenas o Centro-Oeste não registrou mais mortes do que na segunda-feira passada. Hoje, os estados adicionaram aos seus boletins 63 novos óbitos, 38 a menos do que uma semana atrás.

A apuração em conjunto feita pelos veículos de comunicação leva em consideração os dados informados pelas secretarias de saúde dos estados. Hoje, apenas a do Mato Grosso não enviou dados até as 20h (fuso de Brasília), horário de fechamento deste balanço.

O Nordeste foi a região com maior número de óbitos contabilizados hoje: 357, sendo 73 a mais do que na abertura da semana passada. Já o Sudeste registrou 187 (38 a mais) e, o Norte, 66 (14 a mais).

O número de casos em todo o país teve aumento de 21.783 nas últimas 24 horas, elevando o total de diagnósticos positivos para a covid-19 para 1.887.959, sempre de acordo com o consórcio de imprensa. A média móvel hoje (13/7) é 1.052.

Balanço da Saúde tem pior 2ª feira em novas mortes desde maio

O Ministério da Saúde acrescentou hoje novas 733 mortes ao número oficial de óbitos causados pelo novo coronavírus no Brasil. É o maior número registrado em uma segunda-feira pela pasta desde o dia 25 de maio, quando 807 óbitos foram reportados num período de 24 horas.

Desde então, em seis segundas-feiras consecutivas, o índice ficou sempre abaixo das 700 vítimas fatais. No dia 1º de junho, foram 623 mortes. Uma semana depois, no dia 8, o balanço do ministério trouxe 679 notificações de óbitos.

No dia 15, foram 627. No dia 22, 654. O número voltou a subir no dia 29 de junho, quando foram 692 vítimas, mas tinha caído para 620 na última segunda-feira, dia 6 de julho.

De acordo com o governo federal, o total de mortos por covid-19 desde o início da pandemia agora subiu para 72.833. O número de novos casos confirmados de ontem para hoje foi de 20.286, com o acumulado chegando a 1.884.967.

Os dados do ministério mostraram ainda que o Brasil tem atualmente 657.297 pacientes em acompanhamento com a covid-19, e 1.154.837 casos já são considerados como recuperados da doença.

Mortes de pretos e pardos são maiores

Pessoas que se declaram pretas ou pardas estão morrendo mais de causas naturais do que as brancas durante a pandemia de covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus, no Brasil, de acordo com dados de cartórios divulgados nesta segunda-feira.

Segundo os números da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), que reúne os registros de óbitos feitos pelos cartórios do país, o número geral de mortes por causas naturais entre 16 de março e 30 de junho subiu 13% na comparação com o mesmo período de 2019.

Entre pessoas que se declaram pretas, por sua vez, o número subiu 31,1% no mesmo período, e entre os autodeclarados pardos a elevação foi de 31,4%. Entre os brancos, o aumento no número de mortes naturais foi de 9,3%, de acordo com comunicado da Arpen-Brasil.

Veículos se unem em prol da informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro (sem partido) de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa e assim buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes de autoridades e do próprio presidente colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.