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Zema faz alerta e diz que MG passará por pico de covid-19 'nesta semana'

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), ao centro, faz alerta para os mineiros - Divulgação/Governo de Minas Gerais
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), ao centro, faz alerta para os mineiros Imagem: Divulgação/Governo de Minas Gerais

Do UOL, em São Paulo

13/07/2020 14h19

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG), escreveu uma mensagem no Twitter dizendo que o estado passará pelo pico da curva de casos de covid-19 nesta semana. Sem especificar detalhes sobre previsão, Zema disse que esteve em reunião com o comitê sobre o novo coronavírus e é o momento de redobrar o alerta.

"Nesta semana, Minas Gerais passará pelo pico da curva de casos da covid-19. Estou monitorando de perto, com reuniões diárias no Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública, a situação em todas as macrorregiões do estado, para que não falte atendimento a nenhum mineiro", escreveu.

No vídeo, Romeu Zema disse que Minas Gerais "empurrou para frente" o pico da doença, mas "uma hora ela chegaria". "E está chegando neste mês. Ruim porque é um período de estresse para o sistema de saúde, mas por outro lado é bom porque começa a significar que o pico pode estar ficando para trás", disse.

De acordo com o consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, Minas Gerais tem até hoje 75.851 casos oficiais de covid-19 e 1.576 mortes. Há uma semana, no dia 5 de julho, eram 58.283 registros da doença e 1.201 óbitos no estado. Em um mês, o número de casos positivos de coronavírus quadruplicou.

Romeu Zema disse que é hora de os mineiros redobrarem o alerta. "Será o momento em que os leitos hospitalares estarão mais ocupados, hora do sistema de saúde mais demandado. Todos precisam fazer sua parte, isolamento para quem pode, o distanciamento, o uso da máscara e as medidas de higienização", disse.

Veículos se unem em prol da informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro (sem partido) de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa e assim buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes de autoridades e do próprio presidente colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.