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Covid: Brasil registra 495 novas mortes em 24 horas; total é de 114.772

Enterro de vítima do coronavírus no Cemitério da Vila Formosa, na zona leste de São Paulo Imagem: Robson Rocha/Agência F8/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

23/08/2020 18h34Atualizada em 23/08/2020 20h30

O Brasil registrou 495 novas mortes pelo coronavírus nas últimas 24 horas, totalizando 114.772 óbitos pela covid-19 desde o início da pandemia. As informações são do levantamento feito pelo consórcio de veículos do qual o UOL faz parte.

Entre ontem e hoje foram confirmados 23.028 novos casos da doença — no total, agora são 3.605.726.

No mundo, apenas os Estados Unidos têm números piores, com mais de 176 mil mortos e mais de 5,6 milhões de casos, segundo números da Universidade Johns Hopkins. Logo atrás do Brasil vêm o México, em número de óbitos (60.254); e a Índia, em número de infectados (3 milhões).

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A média móvel de mortes, que calcula os óbitos diários com base em registros feitos nos últimos sete dias, aponta 984 mortes por dia, resultado considerado estável em 14 dias.

Conforme o levantamento feito pelo consórcio, cinco estados e o Distrito Federal apresentaram aceleração na média móvel de mortes pela doença na variação de 14 dias.

Entre as regiões todas apresentam estabilidade: Centro-Oeste (7%) Nordeste (-10%), Norte (-5%), Sudeste (0%) e Sul (-14%).

Veja a oscilação nos estados:

  • Aceleração: BA, DF, GO, RJ, RN e TO
  • Estabilidade: AC, ES, MG, MS, SP, RO, RS, PA, PB e PR
  • Queda: AL, AM, AP, CE, MA, MT, PE, PI, RR, SC e SE

Ontem o mundo ultrapassou a marca de 800 mil mortos pelo novo coronavírus. Hoje já são mais de 806 mil, segundo balanço da Universidade Johns Hopkins. O número de infectados ultrapassa 23 milhões em todo o mundo.

Apesar do número crescente de mortos no país, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participa amanhã do evento "Encontro Brasil vencendo a covid-19", que será realizado no Palácio do Planalto.

O UOL revelou hoje que o governo dos Estados Unidos quer o apoio do Brasil para reformar a OMS (Organização Mundial de Saúde) e blindar a entidade da influência da China no futuro.

Mudança nos dados do Distrito Federal

O Distrito Federal alterou nesta semana a forma como divulga os números de mortos por covid-19. Agora, é divulgado apenas o número de mortes ocorridas nas últimas 24 horas, e não o total de óbitos que foram confirmados no mesmo período.

Hoje, os partidos Rede, PSOL e PCdoB acionaram o STF (Supremo Tribunal Federal) contra as mudanças. Eles apresentaram um pedido ao ministro Alexandre de Moraes que, em junho, impediu o governo federal de promover uma alteração semelhante na metodologia de divulgação dos dados da pandemia.

É comum a demora no resultado dos testes que confirmam a causa da morte do paciente. Por isso, epidemiologistas argumentam que a nova metodologia pode levar a uma percepção falsa sobre a pandemia, fazendo os números de mortes diárias caíram.

Em entrevista à imprensa ao anunciar as mudanças, o secretário de Saúde do DF, Francisco Araújo, afirmou que a antiga metodologia deixava a população "desassossegada".

Dados do Ministério da Saúde

Segundo o balanço divulgado hoje pelo Ministério da Saúde, o Brasil registrou 494 novas mortes pelo coronavírus nas últimas 24 horas. Agora, o país soma 114.744 óbitos pela covid-19 desde o início da pandemia.

De acordo com os dados contabilizados pelo governo, o número de infectados subiu para 3.605.783, com 23.421 novos diagnósticos confirmados pela pasta entre ontem e hoje.

Ao todo, 2.739.035 pacientes se recuperaram da doença. O Brasil ainda tem outros 3.126 casos em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes de autoridades e do próprio presidente colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

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