Ministério da Saúde aponta aumento de 4% em mortes por covid em 7 dias
O boletim epidemiológico da 34ª semana do coronavírus no Brasil, apresentado hoje pelo Ministério da Saúde, indica um aumento de 4% das mortes em relação à semana anterior. Os novos casos de covid-19 diminuíram, segundo o governo.
Os dados apresentados pela pasta apontam que, entre os dias 16 a 22 de agosto, o país teve 7.018 óbitos em decorrência da doença, ante 6.755 na semana anterior. Treze estados tiveram incremento de mortes, dois ficaram estáveis e 12 apresentaram diminuição de acordo com o ministério.
O governo Bolsonaro não utiliza a mesma metodologia do consórcio de imprensa, do qual o UOL faz parte, que contabiliza os dados a partir do que é informado pelas Secretarias de Saúde de cada estado. Enquanto o governo informa em 117.666 mortes até agora, o consórcio aponta 117.756.
O secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Eduardo Macário, justificou a alta no número de mortes com atualizações em registros anteriores.
"Os óbitos foram em meses anteriores, junho e julho, que ainda aguardavam a sua elucidação. Muitas vezes, o óbito tinha características clínicas bem pronunciadas, só que, como o exame foi coletado e não deu resultado positivo ou foi inconclusivo, esse óbito continuou sendo investigado", afirmou.
Com relação aos casos registrados, foram 13% menores do que no boletim anterior, ou 265.266 novas infecções contra 304.684 alcançadas na semana anterior.
O Brasil passou da marca de 117 mil mortes e acumula um total de 3.717.156 casos confirmados.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes de autoridades e do próprio presidente colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
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