Financiamento da CoronaVac é questão crítica, diz diretor do Butantan
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse hoje que o financiamento da CoronaVac é motivo de preocupação. Dimas classificou como "uma questão crítica" a polêmica em torno da aquisição ou não pelo Ministério da Saúde das primeiras 46 milhões de doses da vacina desenvolvida e testada pelo Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
"O Butantan vai produzir as 46 milhões de doses que estarão disponíveis ao PNI (Programa Nacional de Imunizações) no final desse ano. Se acontecer a incorporação ao PNI, essas vacinas estarão prontas para serem distribuídas para todo o país. Se não acontecer, elas estão também estarão disponíveis, a questão será o financiamento", disse hoje o diretor da instituição ligada ao governo paulista.
Dimas Covas participou em Brasília de uma reunião com o diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antônio Barra Torres. Também participaram do encontro o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn.
A reunião aconteceu após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desautorizar hoje o ministro da Saúde Eduardo Pazuello a firmar um compromisso de compra de 46 milhões de doses da CoronaVac para distribuição pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Diante do impasse, o diretor do Butantan reforçou a importância de uma definição sobre quem financiará a produção das primeiras doses do imunizante, que ainda tem que ser aprovado pela Anvisa.
"Neste momento é uma questão crítica, porque obviamente que as vacinas têm custo. Elas estarão disponíveis, resta saber quem vai financiar as vacinas", acrescentou Dimas Covas.
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