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Com dados incompletos há 5 dias, Brasil tem 88 mortes por covid-19 em 24 h

3.set.2020 - Agente de saúde segura teste com resultado positivo para o novo coronavírus durante testagem na favela da Mangueira, no Rio de Janeiro - Bruna Prado/Getty Images
3.set.2020 - Agente de saúde segura teste com resultado positivo para o novo coronavírus durante testagem na favela da Mangueira, no Rio de Janeiro Imagem: Bruna Prado/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

08/11/2020 17h59Atualizada em 08/11/2020 21h42

O Brasil registrou 88 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, mas quatro estados e o Distrito Federal não divulgaram dados hoje. Há pelo menos 5 dias o país tem divulgado dados incompletos da pandemia no país.

Com isso, o total de óbitos provocados pela doença subiu para 162.374. Os dados foram divulgados pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.

De acordo com o levantamento, houve 7.698 novos casos de covid-19 em todo o país de ontem para hoje, com um total de 5.660.555 diagnósticos positivos para o novo coronavírus desde o início da pandemia. Foram 324 mortes em média nos últimos sete dias.

Entre as regiões, Centro-Oeste (-37%), Norte (-33%) e Sudeste (-42%) foram as regiões em queda na variação da média móvel de mortes. As demais tiveram estabilidade: Nordeste (-7%) e Sul (-10%).

Dezesseis estados e o Distrito Federal apresentaram queda na variação, ao passo que cinco tiveram comportamento oposto, de aceleração, e seis mantiveram estabilidade. Amapá, Distrito Federal, Minas Gerais e São Paulo não divulgaram atualização.

São Paulo divulgou nota informando problemas na inserção de dados na plataforma do Ministério da Saúde. 'A equipe técnica da pasta estadual segue em contato com o MS para solução dos problemas. Tão logo sejam sanados, a Secretaria fará a extração e a divulgação em todos os meios oficiais como faz rotineiramente."

Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.

O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.

Dados da Saúde

Foram registradas 128 novas mortes provocadas por covid-19 no Brasil nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados hoje pelo Ministério da Saúde. Desde o início da pandemia, o total de óbitos pela doença chegou a 162.397.

O governo federal informou que houve 10.554 novos casos de covid-19 no país de ontem para hoje, atingindo um total de 5.664.115 diagnósticos positivos desde o início da pandemia.

O Ministério tem enfrentado problemas para inserir os dados em sua plataforma. Ontem, a pasta anunciou estar sofrendo com incidentes na página que estão impactando nos dados deste fim de semana.

"O Ministério da Saúde está revisando todas as camadas de segurança dos sistemas de Informação do SUS, o que pode ocasionar intermitência nos sistemas e na disseminação de informações da saúde durante o fim de semana, com previsão de término até o próximo domingo (08/11)", informou na sexta-feira (6). A plataforma online está sem atualizações desde o dia 4.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estável (-14%)

  • Minas Gerais: queda (-48%)

  • Rio de Janeiro: queda (-30%)

  • São Paulo: queda (-44%)

Região Norte

  • Acre: queda (-40%)

  • Amazonas: queda (-36%)

  • Amapá: queda (-57%)

  • Pará: estável (-14%)

  • Rondônia: aceleração (27%)

  • Roraima: queda (-70%)

  • Tocantins: queda (-53%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-18%)

  • Bahia: estável (-3%)

  • Ceará: queda (-45%)

  • Maranhão: estável (0%)

  • Paraíba: queda (-23%)

  • Pernambuco: em aceleração (35%)

  • Piauí: estável (-15%)
  • Rio Grande do Norte: em aceleração (91%)

  • Sergipe: queda (-18%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-40%)

  • Goiás: queda (-40%)

  • Mato Grosso: queda (-21%)

  • Mato Grosso do Sul: queda (-45%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-17%)

  • Rio Grande do Sul: estável (-17%)

  • Santa Catarina: em aceleração (37%)