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Doria anuncia 1º lote de 120 mil doses de vacina para 20 de novembro

Fábio de Mello Castanho e Felipe Pereira

Do UOL, em São Paulo

09/11/2020 12h37Atualizada em 10/11/2020 15h26

Resumo da notícia

  • Governador promete 120 mil doses da CoronaVac até 20 de novembro
  • CoronaVac está na fase 3 de testes, que não tem data para terminar
  • Doses só poderão ser aplicadas se vacina for aprovada pela Anvisa
  • Até 30 de dezembro, SP espera 6 milhões de doses do imunizante

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou hoje que as primeiras 120 mil doses da vacina Coronavac chegarão no dia 20 de novembro ao estado. Segundo o governador, são esperadas até o dia 30 de dezembro um total de 6 milhões de doses do imunizante utilizado contra o novo coronavírus.

A Coronavac está na fase 3 de testes, a última para comprovar sua eficácia, mas ainda não tem data para terminar. A aplicação das doses — que chegam prontas — também depende da aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Em caso de reprovação, esses 6 milhões de doses não poderão ser aplicadas.

"A vacina só será levada a público após autorização final [da Anvisa]", reiterou o governador.

"Essa data está confirmada. A Anvisa já havia autorizado [a importação]", disse Doria. "Agora, autoridades sanitárias da China deram autorização para importação pelo instituto Butantan."

As vacinas que chegarão até o final de dezembro fazem parte das 46 milhões de doses compradas pelo governo de São Paulo.

As primeiras 6 milhões de doses chegam prontas da China e ficarão armazenadas sob responsabilidade do Instituto Butantan. Por questões de segurança, o estado não informa onde as unidades serão armazenadas.

Em relação ao restante das vacinas, São Paulo receberá os insumos e técnicos do Instituto Butantan vão processar a CoronaVac nos laboratórios nacionais.

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, declarou que o primeiro lote de insumos está previsto para chegar em 27 de novembro. A produção, segundo ele, começará 48 horas depois da chegada da matéria-prima.

O carregamento será suficiente para fabricar 1,2 milhão de vacinas. A aquisição das 46 milhões de vacinas custou US$ 90 milhões (cerca de R$ 479 milhões).

Fábrica

Além da chegada da CoronaVac, que é produzida em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, Doria informou que as obras da fábrica de 10 mil m² para a produção da Coronavac começaram no dia 2 de novembro.

Segundo o governador, a capacidade de produção da unidade será de 100 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus. No futuro, a instalação poderá produzir outros imunizantes.

É uma instalação que já existia, está sendo remodulada. E ali teremos a produção da vacina no Brasil. A previsão é de 10 meses de obra e a fábrica estará pronta em setembro de 2021."
João Doria

Com a previsão de conclusão das obras até setembro de 2021, a produção local das doses só será possível a partir de 2022. Até lá, o Butantan receberá doses prontas da China ou matérias-primas para finalizar a produção no país. A fase de produção no Brasil envolve da formulação ao envase e à rotulagem.

Os 40 milhões de doses não serão feitos nesta fábrica, mas em outras unidades do Instituto Butantan. Por este motivo, as obras não interferem no calendário de produção das vacinas.

A reforma da fábrica do Butantan está estimada em R$ 160 milhões, e boa parte dos recursos virá de doações privadas.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Versão anterior deste texto informava incorretamente a data de chegada do primeiro lote de insumos. A informação foi corrigida.