Brasil tem 620 óbitos em 24 h e mantém alta em média de mortes por covid-19
O Brasil registrou 620 óbitos por covid-19 nas últimas 24 horas e continua apresentando tendência de alta na média móvel de mortes. Os dados são do boletim mais recente do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
Ao todo, o país já tem 170.799 óbitos provocados pela doença desde o início da pandemia. Em todo o país, foram confirmados 45.449 testes positivos para o novo coronavírus de ontem para hoje. No total, desde o começo da pandemia, o número de infectados chegou a 6.166.898.
Com uma média de 472 mortes nos últimos sete dias, o Brasil teve uma variação de 29% com relação ao mesmo período de duas semanas atrás, o que indica aceleração da média de óbitos. Desde o dia 15 de novembro, o país vem registrando altas consecutivas.
Dados da Saúde
O Ministério da Saúde divulgou hoje que o Brasil teve 654 novas mortes causadas por covid-19 nas últimas 24 horas. O total de óbitos provocados pela doença subiu para 170.769 desde o início da pandemia.
De ontem para hoje, houve 47.898 novos diagnósticos positivos para a doença em todo o país. Desde o começo da pandemia, o número de infectados pelo novo coronavírus chegou a 6.166.606.
De acordo com o governo federal, 5.512.847 pessoas se recuperaram da doença, com outras 482.990 em acompanhamento.
12 estados em alta
Informações do consórcio de veículos de imprensa apontam que 12 estados apresentaram tendência de aceleração enquanto outros sete apresentaram queda. Sete estados e o Distrito Federal mantiveram a estabilidade.
Das regiões, apenas o Sudeste (71%) manteve a alta. O Centro-Oeste saiu de uma tendência de alta e voltou à estabilidade hoje. Nordeste (0%), Norte (12%) e Sul (8%) também ficaram estáveis.
É importante ressaltar, entretanto, que a alta na região Sudeste e em outros estados podem ser explicadas pelo apagão de dados que o país viveu no início de novembro. No dia 6, a plataforma de registros de mortes por covid-19 do Ministério da Saúde começou a apresentar problemas. Diversos estados relataram dificuldades em inserir dados na plataforma e-SUS e divulgaram informações incompletas ou até mesmo desatualizadas durante vários dias.
O estado de São Paulo foi um dos mais afetados, ficando sem divulgar mortes por cinco dias consecutivos. Nos próximos dias, esse problema no sistema deverá impactar os percentuais de tendência de alta, estabilidade ou queda nos estados afetados e também na tendência nacional.
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: aceleração (49%)
- Minas Gerais: aceleração (93%)
- Rio de Janeiro: aceleração (132%)
- São Paulo: aceleração (39%)
Região Norte
- Acre: aceleração (20%)
- Amazonas: aceleração (32%)
- Amapá: queda (-20%)
- Pará: estável (14%)
- Rondônia: estável (5%)
- Roraima: aceleração (20%)
- Tocantins: queda (-47%)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-19%)
- Bahia: estável (1%)
- Ceará: aceleração (74%)
- Maranhão: estável (0%)
- Paraíba: estável (-8%)
- Pernambuco: estável (-8%)
- Piauí: queda (-18%)
- Rio Grande do Norte: queda (-16%)
- Sergipe: aceleração (16%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estável (-12%)
- Goiás: aceleração (154%)
- Mato Grosso: queda (-63%)
- Mato Grosso do Sul: estável (-4%)
Região Sul
- Paraná: queda (-42%)
- Rio Grande do Sul: aceleração (65%)
- Santa Catarina: aceleração (62%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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