Com 698 óbitos em 24 h, Brasil tem 2 regiões com alta na média de mortes
O Brasil registrou 698 óbitos por covid-19 nas últimas 24 horas e apresentou tendência de aceleração na média de mortes em duas das cinco regiões. Os dados são do boletim mais recente do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
Ao todo, o Brasil já registra 171.497 o total de óbitos causados pela doença desde o início da pandemia. Em todo o país, houve 37.672 novos casos de covid-19 de ontem para hoje. Desde o começo da pandemia, o Brasil teve 6.204.570 testagens positivas para a doença.
Dados da Saúde
Segundo levantamento divulgado hoje pelo Ministério da Saúde, o Brasil registrou 691 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, houve 171.460 óbitos provocados pela doença em todo o país.
De ontem para hoje, houve 37.614 diagnósticos positivos para o novo coronavírus no Brasil. O total de infectados chegou a 6.204.220 desde o começo da pandemia.
Ainda de acordo com a pasta, 5.528.599 pessoas se recuperaram da covid-19, com outras 504.161 em acompanhamento.
Duas regiões com tendência de alta
Os dados do consórcio de veículos de imprensa indicam que, com uma média de 479 mortes nos últimos sete dias, o Brasil teve uma variação de 19% com relação ao mesmo período de duas semanas atrás. Isto indica aceleração da média de óbitos. Desde o dia 15 de novembro o país vem registrando altas consecutivas.
Dez estados apresentaram tendência de aceleração enquanto outros nove e o Distrito Federal apresentaram queda. Sete mantiveram a estabilidade.
Das regiões, Sudeste (53%) e Sul (16%) apresentaram tendência de alta, enquanto Centro-Oeste teve queda (-40%). Nordeste (1%) e Norte (10%) se mantiveram estáveis.
É importante ressaltar, entretanto, que as altas em alguns estados e regiões podem ser explicadas pelo apagão de dados que o país viveu no início de novembro. No dia 6, a plataforma de registro de mortes por covid-19 do Ministério da Saúde começou a apresentar problemas. Diversos estados relataram dificuldades em inserir dados na plataforma e-SUS e divulgaram informações incompletas ou até mesmo desatualizadas durante vários dias.
O estado de São Paulo foi um dos mais afetados, ficando sem divulgar mortes por cinco dias consecutivos. Nos próximos dias, esse problema no sistema deverá impactar os percentuais de tendência de alta, estabilidade ou queda nos estados afetados e também na tendência nacional.
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: aceleração (51%)
- Minas Gerais: aceleração (24%)
- Rio de Janeiro: aceleração (88%)
- São Paulo: aceleração (44%)
Região Norte
- Acre: aceleração (20%)
- Amazonas: aceleração (51%)
- Amapá: queda (-26%)
- Pará: estável (12%)
- Rondônia: estável (-8%)
- Roraima: queda (-64%)
- Tocantins: queda (-53%)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-19%)
- Bahia: estável (-1%)
- Ceará: aceleração (119%)
- Maranhão: estável (6%)
- Paraíba: estável (-6%)
- Pernambuco: estável (3%)
- Piauí: queda (-32%)
- Rio Grande do Norte: queda (-63%)
- Sergipe: aceleração (16%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-23%)
- Goiás: queda (-33%)
- Mato Grosso: queda (-68%)
- Mato Grosso do Sul: estável (-12%)
Região Sul
- Paraná: queda (-24%)
- Rio Grande do Sul: aceleração (42%)
- Santa Catarina: aceleração (62%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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