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Covid-19: Em 24 h, Brasil tem 261 novos óbitos e oito estados em aceleração

Agora, são 6.313.656 registros da doença no Brasil desde o início da pandemia - Antonio Molina/Estadão Conteúdo
Agora, são 6.313.656 registros da doença no Brasil desde o início da pandemia Imagem: Antonio Molina/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

29/11/2020 18h05Atualizada em 29/11/2020 20h52

O consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte contabilizou hoje 261 novos óbitos por covid-19, totalizando 172.848 pessoas mortas após contraírem o vírus desde o início da pandemia.

A média móvel de mortes, calculada com base nas mortes diárias dos últimos sete dias, é de 529 — o que representa estabilidade (8%) em relação aos últimos 14 dias.

Também foram registrados 23.496 novos casos confirmados entre ontem e hoje. Agora, são 6.313.656 registros da doença no Brasil desde o início da pandemia da covid-19.

Dados do governo federal

O Brasil registrou hoje 272 novas mortes por covid-19, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Agora, o total é de 172.833 óbitos.

O governo também contabilizou 24.468 novos testes positivos entre ontem e hoje, totalizando 6.314.740 casos acumulados no país.

Média diária de mortes no Brasil se mantém estável

Os dados do consórcio de veículos de imprensa indicam que, com a média de 529 mortes diárias nos últimos sete dias, o Brasil se mantém estável (8%).

Entre as regiões, Centro-Oeste (-46%) foi a única a apresentar queda, enquanto o Sul (32%) e o Norte (23%) apresentaram aceleração. Nordeste (10%) e Sudeste (12%) se mantiveram estáveis.

Oito estados apresentaram tendência de alta, enquanto onze tiveram queda. Sete foram os estados em estabilidade, assim como o Distrito Federal.

É importante ressaltar, entretanto, que as altas em alguns estados podem ser explicadas pelo apagão de dados que o país viveu no início de novembro. No dia 6, a plataforma de registro de mortes por covid-19 do Ministério da Saúde começou a apresentar problemas. Diversos estados relataram dificuldades.

O estado de São Paulo foi um dos mais afetados, ficando sem divulgar mortes por cinco dias consecutivos. Nos próximos dias, esse problema no sistema deverá impactar os percentuais de tendência de alta, estabilidade ou queda nos estados afetados e também na tendência nacional.

Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.

O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: aceleração (35%)

  • Minas Gerais: queda (-18%)

  • Rio de Janeiro: aceleração (48%)

  • São Paulo: estabilidade (0%)

Região Norte

  • Acre: aceleração (43%)

  • Amazonas: aceleração (93%)

  • Amapá: queda (-41%)

  • Pará: estabilidade (13%)

  • Rondônia: aceleração (56%)

  • Roraima: queda (-50%)

  • Tocantins: queda (-39%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-21%)

  • Bahia: estabilidade (-3%)

  • Ceará: aceleração (239%)

  • Maranhão: estabilidade (-4%)

  • Paraíba: estabilidade (-14%)

  • Pernambuco: estabilidade (9%)

  • Piauí: queda (-32%)

  • Rio Grande do Norte: queda (-38%)

  • Sergipe: aceleração (81%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: estabilidade (-12%)

  • Goiás: queda (-44%)

  • Mato Grosso: queda (-66%)

  • Mato Grosso do Sul: queda (-25%)

Região Sul

  • Paraná: estabilidade (3%)

  • Rio Grande do Sul: estabilidade (15%)

  • Santa Catarina: aceleração (153%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.