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Plano de imunização só ficará pronto com vacina aprovada, diz secretário

Arnaldo Correia de Medeiros é Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde - Reprodução/Youtube
Arnaldo Correia de Medeiros é Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde Imagem: Reprodução/Youtube

Colaboração para o UOL

01/12/2020 12h51Atualizada em 01/12/2020 14h23

Arnaldo Medeiros, Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, disse hoje que o plano de vacinação contra a covid-19 só ficará pronto e fechado quando a vacina estiver registrada na Anvisa. O governo tem adiado com frequência a divulgação desse planejamento. Existe a expectativa de que saia uma versão prévia ainda nesta semana.

"É fundamental pensarmos que esse plano operacional para a vacinação da covid-19 só ficará definitivamente pronto, fechado, quando tivermos uma vacina ou mais de uma, que esteja registrada na Anvisa", disse Medeiros, em entrevista coletiva que tratava sobre outro tema, o combate à Aids.

Ele confirmou que o Ministério da Saúde terá uma reunião sobre vacinação ainda hoje para definir alguns itens do plano de vacinação.

"Nós estamos avançando com o plano de imunização para covid-19 e devemos ter os resultados ainda esta semana sobre os 10 eixos", prometeu o secretário.

Esses 10 eixos devem definir, por exemplo, o público-alvo prioritário e também decidir como será a distribuição das doses. O Ministério da Saúde precisa resolver se vai entregar as vacinas de acordo com a gravidade da pandemia em cada local.

Perfil da vacina

Por enquanto, o governo federal não comprou nenhuma vacina, apesar de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já ter assinado uma Medida Provisória com intenção de compra da vacina de Oxford/Astrazeneca no valor de R$ 1,9 bilhão. Na entrevista de hoje, Medeiros falou qual é o tipo de imunizante desejado, reduzindo as possibilidades diante dos imunizantes apresentados até agora.

"Desejamos que a vacina seja fundamentalmente termoestável por longos períodos, em temperaturas de 2 a 8 graus, porque a nossa rede de frios é montada e estabelecida com essa temperatura", disse o Secretário.

Ao priorizar uma vacina termoestável, o Brasil deve deixar de lado as primeiras vacinas que devem ser liberadas nos Estados Unidos e na Europa. São as vacinas da Pfizer (que exige armazenamento a -70º) e da Moderna (-20º), que não são termoestáveis, ou seja, não conseguem ficar estáveis sob temperatura de 2°C a 8°.

A vacina da Pfizer pode ser aprovada nos Estados Unidos em 10 de dezembro. Na Europa ela pode ser liberada em 29 de dezembro. Já a vacina da Moderna pode ser liberada em 17 de dezembro nos EUA e em 12 de janeiro na Europa.

O secretário ainda afirmou que a prioridade do governo seria comprar vacinas aplicadas em doses únicas. No entanto, os principais imunizantes que apresentaram até agora relatórios finais ou parciais de eficácia, são aplicados em duas doses: Oxford/Astrazeneca, Coronavac (Sinovac/Instituto Butantan), Pfizer/Biontech, Moderna e Sputnik V.