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Prefeito de Florianópolis cita colapso e 2ª onda e cobra discurso unificado

Gean Loureiro (DEM) disse que momento atual é mais grave do que no início da pandemia - Reprodução/Facebook
Gean Loureiro (DEM) disse que momento atual é mais grave do que no início da pandemia Imagem: Reprodução/Facebook

Colaboração para o UOL

09/12/2020 11h36

Gean Loureiro (DEM), prefeito de Florianópolis, mostrou hoje preocupação com a situação da pandemia de covid-19 na cidade. Em reunião da FNP (Frente Nacional de Prefeitos), ele afirmou que o atendimento hospitalar está próximo de um colapso e admitiu a existência de uma 2ª onda de infecções. Para combater isso, Gean cobrou um discurso mais unificado entre os gestores do país, principalmente do governo federal.

"Um prefeito tem que buscar soluções e temos que ter esse canal direto para ter uma regra da vacinação clara do que vai ser fornecido, quando vai ser fornecido e se vai ser fornecido. Porque se não for fornecido, a gente compra. Só que não queremos investir recurso público no que vai ter fornecimento do governo federal. Essas dúvidas são as dúvidas dos prefeitos aqui", apontou Gean.

O prefeito de Florianópolis também mostrou preocupação com a possibilidade de as cidades começarem a vacinação em datas diferentes. Recentemente o estado de São Paulo disse que vai iniciar a imunização em 25 de janeiro, enquanto o Ministério da Saúde estimou a vacinação para fevereiro.

"Nosso papel é exigir do governo federal um esclarecimento de como os critérios de vacinação vão funcionar, sob pena de quem seguir orientação do SUS ser acusado de que não se preparou, porque outra cidade se preparou", afirmou Gean.

Segundo o prefeito, Florianópolis está passando por uma crise de covid-19 mais grave do que no início da pandemia.

"Temos uma segunda onda muito forte, mais forte que primeira. Enfrentamos a primeira em julho e agosto, quando chegamos próximos a lotação de UTIs. Agora temos número maior de casos ativos e monitoramento está difícil de ter controle com a mesma qualidade, mesmo utilizando tecnologia. Temos um programa com um robô que faz monitoramento por áudio, porque não temos mais material humano. Hoje o que a gente está vendo é próximo de um colapso, com preocupação ainda do final de ano, porque as pessoas cansaram do distanciamento. E a economia não suporta medidas rígidas, como tivemos antes", concluiu Gean.