Brasil supera 180 mil mortes por covid-19; casos ultrapassam 6,8 milhões
O Brasil ultrapassou hoje a marca dos 180 mil mortos pela covid-19. Nas últimas 24 horas, o país registrou 652 novas mortes causadas pela doença, elevando o total de óbitos para 180.453 desde o início da pandemia. As informações são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
De acordo com levantamento da Universidade Johns Hopkins, o Brasil é o segundo país com o maior número de mortes por covid-19 no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, que somou 293.633 óbitos confirmados até o início desta tarde. A Índia aparece em terceiro, com 142.186.
O Brasil teve 52.770 novos casos positivos para a covid-19 de ontem para hoje, elevando o número de infectados para 6.836.313 desde o começo da pandemia.
Dados da Saúde
O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (11) que o Brasil registrou 770 novas mortes provocadas pela doença nas últimas 24 horas, atingindo um total de 179.765 óbitos desde o início da pandemia.
De ontem para hoje, o Brasil teve 53.347 diagnósticos positivos para o novo coronavírus. Desde o começo da pandemia, o número de infectados em todo o país subiu para 6.781.799.
O governo federal informou ainda que 5.931.777 pessoas se recuperaram da doença, com outras 670.257 em acompanhamento.
8 dias de alta na média móvel
Segundo os cálculos dos veículos de imprensa, a média de mortes nos últimos sete dias foi de 639, o que representa uma aceleração de 25% na comparação com 14 dias atrás. Foi o oitavo dia consecutivo com tendência de alta na média móvel.
O país tem 19 estados mais o Distrito Federal com tendência de alta na média móvel de mortes. Ontem e quarta-feira (9) o país registrou o maior número de estados em alta desde o início do cálculo pelo consórcio: 21.
Além disso, apenas três estados apresentaram tendência de queda: Amazonas (-51%), Ceará (-24%) e Maranhão (-38%). Ao passo que quatro se mantiveram estáveis.
Entre as regiões, apenas o Norte teve estabilidade (-9%). As demais apresentaram aceleração: Centro-Oeste (30%), Nordeste (22%), Sudeste (24%) e Sul (40%).
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: aceleração (55%)
- Minas Gerais: aceleração (31%)
- Rio de Janeiro: estável (8%)
- São Paulo: aceleração (28%)
Região Norte
- Acre: aceleração (60%)
- Amazonas: queda (-51%)
- Amapá: aceleração (35%)
- Pará: estável (7%)
- Rondônia: aceleração (16%)
- Roraima: aceleração (57%)
- Tocantins: aceleração (67%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (0%)
- Bahia: aceleração (38%)
- Ceará: queda (-24%)
- Maranhão: queda (-38%)
- Paraíba: aceleração (86%)
- Pernambuco: aceleração (26%)
- Piauí: aceleração (26%)
- Rio Grande do Norte: aceleração (173%)
- Sergipe: aceleração (23%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: aceleração (43%)
- Goiás: estável (-8%)
- Mato Grosso: aceleração (40%)
- Mato Grosso do Sul: aceleração (103%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (31%)
- Rio Grande do Sul: aceleração (46%)
- Santa Catarina: aceleração (43%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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