Apesar do programa do Ministério, SP reafirma que vacinará em janeiro
Ontem o Ministério da Saúde sinalizou claramente que pode utilizar a vacina CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês SinoVac, no (PNI) Programa Nacional de Imunização. Mas isso não satisfez o governo de São Paulo. O Secretário Estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, criticou a falta de data para iniciar a vacinação. Ele reafirmou que São Paulo vai aplicar o imunizante a partir de 25 de janeiro, conforme foi anunciado no PEI (Plano Estadual de Imunização).
Ontem o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, estimou que a vacinação deve começar em fevereiro. Mas não quis apresentar uma data, porque prefere esperar algum registro da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A CoronaVac ainda não foi certificada. Mas o Instituto Butantan prometeu que vai entregar todos documentos necessários na semana que vem. A Anvisa já informou que, depois disso, deve dar uma resposta em no máximo 10 dias. Jean esperava que, com isso, o Ministério fizesse o planejamento de uma data.
"Não recebemos a informação sobre a data de imunização. Mas precisamos vacinar. Esse vírus infelizmente tem vindo de forma mais importante agora, nas últimas semanas, compremetendo mais pessoas e ceifando mais vidas. Estaremos aptos pra ingressar no PNI. Mas enquanto ele não inicia, iniciaremos em São Paulo. Não podemos perder vidas e continuar sobrecarregando unidades hospitalares. Aguardar um dia é muito. O que dirá um mês, 2 meses? Será irresponsável aguardar. Iniciaremos no dia 25 de janeiro sim", prometeu Jean, em entrevista à CNN Brasil.
Jean deixou claro que o principal entrave é a falta de compromisso do Ministério de pagar pelas vacinas.
"Precisamos que o Ministério não reflita só a intenção. Tem o custo operacional das vacinas. Precisamos enviar isso pra Sinovac. O Butantan se dispôs a colocar essas vacinas desde julho. E propusemos mais, a possibilidade de ter até julho 100 milhões de doses", lembrou Jean.
O Secretário foi perguntado como ficaria o PEI se o Ministério quiser comprar 46 milhões de doses da CoronaVac. Jean afirmou que não será um problema.
"Temos 60 milhões de doses até fevereiro. Isso está contratualizado com Butantan e Sinovac. Nessa nossa 1ª fase, que se estenderá de 25 de janeiro até 28 março, precisaremos de 18 milhões de doses para grupos de risco. Dessa forma isso não impactará nas doses subsequentes que poderão ser distribuídas para os ministérios. Já recebemos partes das vacinas, 120 mil. Temos mais insumos que chegaram e que chegarão amanhã. Dessa maneira estamos preparando para ter produção de 1 milhão de doses por dia. Teremos as 46 milhões de doses em janeiro. E 60 milhões de doses até fevereiro", calculou Jean.
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