Procuradores pedem esclarecimentos à Fiocruz sobre produção de vacina
O MPF (Ministério Público Federal) pediu explicações a Fiocruz sobre a produção de vacina, feita em parceria com a Universidade de Oxford e a farmacêutica Astrazeneca. A instituição tem o prazo de cinco dias para responder.
No ofício enviado hoje, procuradores da República do Amazonas, Distrito Federal, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe pedem à Fiocruz que informe se foram realizadas adaptações na sua planta para produção da nova vacina.
Eles também perguntam sobre a capacidade produtiva atual e se a fundação será capaz de atender as aquisições previstas pelo plano nacional de vacinação ou até ampliar a produção, caso ocorra aumento da demanda.
A Fiocruz foi questionada ainda sobre a validade dos testes clínicos e às reações adversas possivelmente associadas à vacina AstraZeneca.
O presidente da farmacêutica AstraZeneca, Pascal Soriot, afirmou hoje que a companhia está trabalhando em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para conseguir aprovação de seu imunizante contra a covid-19, o quanto antes no Brasil. Segundo previsões do executivo, a aprovação deve acontecer em janeiro de 2021, e o início da aplicação, a partir de fevereiro do próximo ano, a depender da capacidade de produção da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O prazo é próximo das primeiras expectativas do Plano Nacional de Imunização (PNI) anunciado pelo governo federal. Inicialmente, o governo federal havia dito que iniciaria a aplicação das vacinas em março. Contudo, após pressões de governadores, publicou documento dizendo que definirá novo calendário sem ainda cravar a data.
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