Mais atividades liberadas, indicadores: o que muda no Plano São Paulo
O governo paulista fez hoje atualizações no Plano de São Paulo, de retomada econômica. Com as mudanças, por exemplo, agora só haverá restrições a bares na fase laranja, a segunda mais restritiva, com objetivo de reduzir a movimentação no período noturno.
A cidade de São Paulo também deixou de ser considerada como uma região isolada, e passa a ser avaliada novamente em conjunto com a Grande São Paulo. Outro ponto de mudança está nos indicadores que permitirão a transição de fase no estado.
Confira as novidades anunciada pela equipe do governador João Doria (PSDB):
Mudanças dentro das fases
A mudança sobre as permissões de funcionamento na fase laranja beneficia principalmente setores como restaurantes, academias, salões de beleza, equipamentos da área cultural. Antes, eles não poderiam funcionar. Agora, poderão funcionar por até oito horas e com 40% de sua capacidade de ocupação.
A alteração também favorece outras atividades que já eram permitidas na fase laranja, como as do setor de serviços, de centros comerciais e de comércio. Antes, o limite horário era de quatro horas com 20% de ocupação. Para todas as atividades liberadas, haverá o limite de operação até as 20h.
O plano não beneficia bares na fase laranja, que não poderão realizar atendimento presencial. Isto só poderá acontecer na fase amarela, quando poderão funcionar até as 20h. Já as outras atividades terão o limite de horário até as 22h na fase amarela.
Atualmente, São Paulo possui regiões apenas nas fases amarela e laranja. Delas, quatro estão na fase mais restritiva: a laranja. São elas: Sorocaba, Registro, Presidente Prudente e Marília. A próxima atualização do Plano São Paulo acontecerá em 5 de fevereiro.
Por que liberar mais atividades?
Sobre a liberação de mais atividades, a secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, disse que não se pode punir "quem está fazendo sua parte, quem se preparou e caminhou conosco". "Esse é um voto de confiança à população, mas que exige enorme responsabilidade de todos."
Coordenador-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus, João Gabbardo diz que "o problema não são os ambientes controlados" ao explicar a decisão mais restritiva para bares. "O aumento da transmissibilidade ele ocorre nos bares, no lazer noturno, nas atividades que ocorrem à noite, nas baladas, nas festas, nas comemorações. E é nesse ponto que o plano mudou consideravelmente", diz.
Indicadores
O governo paulista também mudou os números que permitem a mudança de cada região para outras fases.
Para sair da laranja, por exemplo, a taxa de ocupação de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) na região deve estar em 70%. Antes, o índice era de 75%.
Para permanecer na fase verde, a região precisará ter menos internações e mortes. Antes eram 40 internações e cinco mortes por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. Agora, são 30 internações e três óbitos.
São Paulo dentro da região metropolitana
O Plano São Paulo também passa a analisar a capital novamente dentro do conjunto da região metropolitana. Desde o fim do ano passado, elas eram vista de forma independente pelo Centro de Contingência.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, "pelo menos há mais de um mês a Grande São Paulo tem uma estabilidade na sua capacidade hospitalar". "No momento, em que temos uma capacidade hospitalar estável, hoje em 65%, nós fazemos essa análise em conjunto", diz.
De acordo com ele, a evolução da pandemia é "algo muito próximo" entre as cidades que compõem a região metropolitana.
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