SP: Com alta da covid-19, capital mantém fase amarela; 3 regiões regridem
Três regiões regrediram para a fase laranja, a segunda mais restritiva, na atualização do Plano São Paulo apresentada hoje pelo governo paulista. Com isso, 90% da população do estado se mantém na fase amarela, incluindo a capital, que enfrenta alta de internações.
As regiões de Marília, Sorocaba e Registro foram da fase amarela para a laranja —e juntam-se a Presidente Prudente, que subiu da fase vermelha para a laranja. A reclassificação começa a valer a partir de segunda-feira (11) e, segundo os novos parâmetros apresentados hoje, na prática só haverá restrição maior aos bares. O objetivo do Centro de Contingência é principalmente diminuir a movimentação do período da noite.
O estado de São Paulo registra média de 257 mortes por dia na última semana, de acordo com o consórcio de imprensa do qual o UOL faz parte —um aumento de 15% na variação de 14 dias.
Na capital, segundo dados da prefeitura, houve um aumento de quatro pontos percentuais na ocupação de UTIs apenas de anteontem para ontem, subindo de 61% para 65%, quando o "normal" considerado por técnicos é um aumento de apenas um ponto percentual por dia.
No anúncio da reclassificação, sem a presença do governador João Doria (PSDB), o secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, admitiu que a pandemia vem demonstrando piora no estado e culpou a irresponsabilidade de parte da população ao não respeitar as medidas de prevenção à contaminação do novo coronavírus, principalmente na época de festas de fim de ano. Doria também não participou do anúncio de regressão do estado para a fase vermelha, antes do Natal.
"A pandemia infelizmente recrudesceu. Por culpa de poucos que não respeitaram normas sanitárias e orientações da Saúde. Pessoas que se aglomeraram, não usaram máscara, festejaram de forma irresponsável e colocaram familiares e amigos em risco. A maioria da população colabora para o controle da pandemia", afirmou o secretário.
O governo paulista prometeu uma nova reclassificação do Plano São Paulo para 5 de fevereiro, com possibilidade de rebaixamento de regiões a qualquer momento, caso haja piora nos quadros.
Mudanças no Plano São Paulo
O governo também anunciou mudanças nos critérios do plano para classificar as regiões e também alterações nas medidas restritivas de cada fase. Na prática, agora, a fase laranja só será mais restritiva quanto aos bares.
Entre as principais mudanças, estão a permissão para funcionamento do comércio por oito horas diárias na fase laranja e dez horas na amarela. Na amarela, o atendimento presencial em bares será permitido somente até as 20h, enquanto na laranja o setor pode funcionar apenas no sistema delivery e com retirada no local. Já comércio e restaurantes devem fechar até as 20h na fase laranja e às 22h na amarela.
"Aprendemos que problema não são ambientes controlados, o aumento da transmissibilidade ocorre nos bares, no lazer noturno, nas atividades que ocorrem à noite, nas baladas, festas, comemorações —e é nesse ponto que plano mudou consideravelmente", explicou o coordenador-executivo do Centro de Contingência contra a covid-19, João Gabbardo.
Quanto à ocupação de leitos de UTI, para uma região ser incluída na fase laranja, esse índice passou de 75% para 70%, demonstrando um endurecimento do plano.
Também haverá dificuldade maior para entrar na fase verde, considerando o índice de internações e mortes por 100 mil habitantes. As internações diárias nessa medição passaram de 40 para 30, enquanto os óbitos foram de cinco para apenas três por dia. Isso sempre considerando os dados dos últimos 14 dias.
O governo de São Paulo também apresentou mudanças em critérios do plano sobre indicadores de incidência com o objetivo de controlar melhor a evolução da pandemia no estado, como o acompanhamento mais rígido da variação para casos, mortes e internações.
Segundo Patrícia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico, o indicador principal do Plano São Paulo agora será o número de internações por 100 mil habitantes.
"Não basta só ter leitos, temos que controlar a pandemia. Os próximos seis meses são críticos, temos esperança da vacina, mas também responsabilidade de conter a pandemia. O indicador principal, agora com mais destaque, são as internações por 100 mil habitantes, que vemos que no estado está na média, com 43,3%", afirmou Ellen.
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