Farmacêutica anuncia pedido à Anvisa para uso emergencial de vacina russa
A farmacêutica União Química anunciou ter protocolado hoje, junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), pedido para uso emergencial de 10 milhões de doses da vacina russa Sputnik V.
A vacina russa está sendo desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa Gamaleya, de Moscou, e comercializada pelo RDIF (sigla em inglês para Fundo de Investimentos Diretos da Rússia).
Em nota, a farmacêutica afirma que as doses serão disponibilizadas para o Brasil ainda no primeiro trimestre de 2021.
"A Sputnik V, amplamente utilizada e aprovada por vários países no mundo, será produzida em nossas fábricas de Brasília e de Guarulhos, através de acordo de transferência de tecnologia firmado entre a companhia e o RDIF", diz trecho do texto.
O UOL procurou a Anvisa para saber se agência recebeu o pedido, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.
O governo federal chegou a se reunir com fabricantes da Sputnik V, mas por enquanto só comprou doses da vacina da AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), e da CoronaVac, desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan. Ambas fizeram pedido para uso emergencial e devem receber uma resposta da Anvisa até domingo.
Na semana passada, a Anvisa determinou como um dos critérios para pedido e uso emergencial da vacina que o laboratório realize a fase 3 dos estudos — a de análises clínicas — no Brasil. Até o momento, o imunizante da Sputnik não iniciou esta etapa do processo em território brasileiro.
A União Química solicitou formalmente à Anvisa, ao fim de dezembro, autorização para iniciar a fase 3 dos testes da Sputnik. O pedido ainda não foi aprovado pela agência.
A vacina começou a ser aplicada na Rússia no início de dezembro. Outros países como Argentina, Bolívia e Venezuela aprovaram seu uso emergencial.
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