Governo do RJ começa a distribuir seringas para vacinação contra covid-19
O Governo do Rio de Janeiro anunciou que, a partir de amanhã, vai começar a distribuir seringas e agulhas para vacinação contra covid-19. Apesar disso, ainda não há uma vacina aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e nem uma data anunciada para início da aplicação do imunizante.
A SES (Secretaria de Estado de Saúde) vai distribuir 5,5 milhões de seringas descartáveis para os 92 municípios do Rio de Janeiro. Esse processo deve ser concluído até 22 de janeiro.
A Subsecretaria de Vigilância em Saúde já encaminhou aos secretários municipais de Saúde um ofício recomendando que as seringas sejam de uso exclusivo da campanha de vacinação contra covid-19.
No domingo, a Anvisa deve dar uma resposta se autoriza o uso emergencial das vacinas CoronaVac, feita em parceria com o Instituto Butantan, e da AstraZeneca, feita em parceria com a Universidade de Oxford e a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Depois disso, se as vacinas forem aprovadas, será necessário esperar o Ministério da Saúde marcar uma data para que todos estados comecem a vacinação no mesmo dia.
A quantidade de seringas e agulhas distribuídas pelo Rio de Janeiro corresponde ao mesmo número de doses que serão necessárias para imunizar a população das quatro fases iniciais da vacinação. São 5.454.912 habitantes.
A primeira fase da vacinação prioriza os trabalhadores da saúde, a população idosa a partir de 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena.
A segunda fase inclui pessoas de 60 a 74 anos. A terceira fase prevê a vacinação de pessoas com comorbidades. E a quarta fase abrangerá professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.
O estado do Rio lidera o ranking nacional de taxa de mortalidade de covid-19 e alcançou ontem a maior média de mortes por dia (168) desde 24 de junho, um dos meses mais críticos da pandemia.
Como reflexo, hospitais da capital registram lotação máxima de leitos de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva). A ocupação de UTIs para covid é de 99,8% na rede rede pública (SUS), segundo a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
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