Prefeito de Itabi, em Sergipe, 'fura fila' e se vacina contra a covid-19
As primeiras doses da vacina contra a covid-19 começaram a ser distribuídas para os municípios pelo Ministério da Saúde e casos de pessoas que não integram o grupo prioritário da vacina 'furando fila' começaram a surgir. No município de Itabi, em Sergipe, o prefeito Júnior de Amynthas (DEM), de 46 anos, recebeu uma das 31 doses do imunizante que foram destinadas para a região, que tem uma população aproximada de 5 mil pessoas.
Após ser alvo de críticas, o prefeito que não integra o grupo de risco se justificou nas redes sociais. Amynthas alegou que o gesto foi uma tentativa de "incentivar a população para que tomasse a vacina". O prefeito também alegou que os estados e municípios possuem autonomia para adequar a vacinação contra o coronavírus conforme a realidade das regiões.
O prefeito desmentiu as versões que apontam que ele tentou se privilegiar do cargo que ocupa para furar fila e disse que, na realidade, o gesto teve uma intenção nobre.
"O vídeo foi feito pela minha própria assessoria e amplamente divulgado por mim. Por representar um propósito nobre, de defesa e da saúde do nosso povo de Itabi. Se não houvesse nobreza, boa intenção no meu gesto, eu teria tomado a vacina às escondidas. E vacinaria também minha esposa, meu filho de 8 anos e meus pais".
Em uma nota compartilhada nas redes oficiais do prefeito, a Secretaria Municipal de Saúde informou que as vacinas foram recebidas com segurança no dia 19 de janeiro e que a continuidade do programa de vacinação vai seguir o "cronograma e o público-alvo estabelecidos pelas autoridades sanitárias competentes". A expectativa é que as doses sejam distribuídas inicialmente para os profissionais de saúde.
"A Secretária explica, ainda, que segundo o Informe Técnico 'Campanha Nacional de Vacinação contra a Covid-19', elaborado pelo Ministério da Saúde, é 'facultado a Estados e Municípios a possibilidade de adequar a priorização conforme a realidade local', razão pela qual o prefeito Júnior de Amynthas foi imunizado em um ato de demonstração de segurança, legitimidade e eficácia da vacina", diz um trecho da nota de esclarecimento sobre o caso.
A divisão de grupos do plano de imunização consta como uma recomendação do Ministério da Saúde e não aponta para infração ilegal no ato do prefeito. No entanto, após a repercussão do caso, a PGE (Procuradoria Geral do Estado) apresentou ao Ministério Público uma representação para apurar um possível ato de improbidade administrativa.
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