AM: Vítima de covid com Down piora, e família apela por remoção para UTI
O estado de saúde do paciente Émerson Júnior, 30, portador de Síndrome de Down, teve piora hoje.
Internado no hospital de campanha de Caapiranga (AM) com covid-19 há seis dias, ele precisou ontem ser abraçado por um enfermeiro para receber oxigênio. A imagem, publicada no UOL, comoveu pacientes e funcionários.
Hoje, familiares e pacientes da unidade lançaram em redes sociais um apelo para que Emerson seja transferido para Manaus imediatamente para continuar o tratamento em um leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
"Ele é um paciente grave, que precisa muito de uma UTI. O nome dele está regulado no sistema há quatro dias esperando um leito, mas a gente não consegue um retorno dos hospitais de referência em Manaus", conta o enfermeiro Raimundo Nogueira Matos, que acompanha de perto o paciente.
A família de Émerson está angustiada com a situação. "Meu irmão não está mais suportando tanto sofrimento. Precisamos de um leito em Manaus. Ele está ficando sem tempo", desabafa a irmã, Eliane Ferreira Loureiro, 45, que o acompanha no hospital desde o dia da internação.
Em foto tirada hoje, após o almoço, Émerson tem novamente uma queda e precisa de auxílio respiratório, numa situação mais crítica do que a de ontem e com mais falta de ar.
Ele está com o mesmo enfermeiro de ontem, que não mede esforços para salvá-lo. Mas o problema é que ele não reage mais a tanto sofrimento. O problema são os recursos, aqui não tem leito de UTI, ele precisa ser levado em uma UTI Móvel.
Eliane Ferreira Loureiro, irmã de vítima de covid-19 com Down
Procurada pelo UOL, a Secretaria de Saúde do Amazonas informou que o paciente "está recebendo toda a assistência da unidade hospitalar para tentar estabilizar o quadro de saúde".
"Ressaltamos, no entanto, que, como o quadro clínico do paciente é grave, ainda não há condições clínicas que garantam a remoção do paciente para Manaus com segurança. As remoções obedecem a critérios definidos pelos médicos do Complexo Regulador, entre eles o de gravidade do caso e condições clínicas para que seja realizado o transporte aéreo ou terrestre", explica.
Segundo os dados do boletim diário da secretaria, o Amazonas tem, hoje, 565 pacientes na fila de espera por um leito, sendo 109 de UTI.
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