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MPF pede à Anvisa e Fiocruz dados de eficácia da vacina de Oxford em idosos

Frascos da da vacina da Oxford/AstraZeneca recebidas pelo governo do Rio Grande do Sul - Governo do Rio Grande do Sul/Divulgação
Frascos da da vacina da Oxford/AstraZeneca recebidas pelo governo do Rio Grande do Sul Imagem: Governo do Rio Grande do Sul/Divulgação

Rayanne Albuquerque

Do UOL, em São Paulo

27/01/2021 17h06Atualizada em 27/01/2021 19h17

O MPF (Ministério Público Federal) pediu informações sobre a eficácia em idosos da vacina produzida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca.

O pedido foi encaminhado para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e para a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) pela coordenadora do GIAC (Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia de Covid-19 do MPF), Célia Regina Souza Delgado.

"Solicito informações precisas dessa agência no que se refere à sua eficácia para os idosos, tendo em vista a recente veiculação de notícias divergentes a esse respeito, conforme exemplos a seguir", escreveu a subprocuradora-geral.

Na sequência, a magistrada citou uma matéria do jornal britânico The Guardian, na qual há alegações sobre a vacina Oxford/AstraZeneca ser liberada apenas para jovens na Europa por não haver dados suficientes sobre a eficiência de imunização em pessoas que têm mais de 65 anos.

Em nota, o GIAC informou que, antes de solicitar informações técnicas, havia questionado o Ministério da Saúde, e a resposta da pasta foi de que os dados que contradiziam a eficácia estavam equivocados, com base em evidências científicas.

"Nesse ínterim, a primeira publicação (alemã) corrigiu a informação. Mas uma segunda publicação trouxe informações semelhantes quanto à eficácia menor em idosos, o que motivou os pedidos de esclarecimento endereçados à Fiocruz e à Anvisa".

O pedido de informações visa otimizar o uso dos recursos disponíveis, de acordo com o Giac. Um exemplo do que o Ministério Público poderia fazer caso as informações sobre a eficácia se confirmassem seria recomendar ao poder público que utilizasse a vacina de Oxford/AstraZeneca nos profissionais de saúde, em geral mais jovens, e a CoronaVac nos idosos.

Procurada pelo UOL, a Anvisa esclareceu que recebeu a solicitação por meio do ofício e que está trabalhando para prestar os esclarecimentos citados.

O UOL também entrou em contato com a Fiocruz, mas até o momento não obteve resposta.