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Imunização só com vacina do Butantan não é possível, diz Gabbardo

João Gabbardo, coordenador-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo - Divulgação/Governo do Estado de São Paulo
João Gabbardo, coordenador-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo Imagem: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

Do UOL, em São Paulo

30/01/2021 17h44

Coordenador do centro de contingência da covid-19 do governo de São Paulo, o médico João Gabbardo afirmou que só com a vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, o Brasil não conseguirá atingir a imunização da maior parte da população.

"Isso vai depender da produção de vacinas, Bio Manguinhos [Fiocruz] fará com a AstraZeneca. Só com a Coronavac, provavelmente, a gente não consiga ter autossuficiência", declarou Gabbardo na tarde de hoje, em entrevista à CNN.

O coordenador disse que o Ministério tem 100 milhões de doses asseguradas até o fim do ano. Para vacinar 150 milhões de pessoas, ponderou, serão necessárias mais vacinas, considerando que elas são aplicadas em duas doses.

"O Ministério da Saúde tem uma compra realizada via consórcio [internacional], tem a produção da AstraZeneca. É possível que até o fim do ano tenha essa quantidade de doses, mas só com o Butantan não é possível, temos que ter outras alternativas", afirmou.

Gabbardo também comentou o pedido do governo federal, que confirmou a compra de 54 milhões de doses adicionais da Coronavac após pressão de governadores e prefeitos. A intenção da pasta chefiada pelo ministro Eduardo Pazuello é assinar o contrato para a aquisição das novas doses da vacina contra a covid-19 até sexta-feira (5).

Ele afirmou que o Instituto Butantan precisava de garantias. "Parecia que essa compra estaria vinculada a algumas outras aquisições que o ministério estava aguardando. Por isso o governo provocou um prazo para essa negociação, pediu que isso se resolvesse."