Idosos são vacinados em SP: 'Foi só uma picadinha, estou aliviado'
Rapidez, alívio, e nenhuma dor. Essas são as expressões mais utilizadas por idosos com mais de 90 anos que desde a manhã de hoje são vacinados contra a covid-19 em UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da cidade de São Paulo. A prefeitura anunciou na noite de ontem a antecipação da vacinação para essa faixa etária, antes prevista para a próxima segunda-feira (8)
A decisão foi tomada depois que as 468 UBSs foram abastecidas com o imunizante. A exigência é, acompanhado de algum responsável, o idoso apresente CPF, carteira de vacinação ou Cartão do SUS. Para idosos com mobilidade reduzida, a prefeitura vacinará em domicílio por meio do Programa Saúde da Família.
"Estou aliviado", afirmou ao UOL o aposentado Domingues Tancredo, 93. "Foi só uma picadinha", completou ao lado da filha, a também aposentada Bernadete Mininel, 62.
"Eu me surpreendi com a organização nesta UBS", disse ela, sobre a unidade Vila Romana, na Lapa, zona oeste. "A gente esperou uns 20 minutos porque precisaram pegar a vacina da geladeira."
Na mesma UBS, Ana Marcine, 92, acabara de ser vacinada. "Não senti nada, pra mim foi uma alegria só", afirmou ao lado da cuidadora Lucene Aries, 44, que chamou a atenção para a "organização" da unidade. "Agora é esperar até o dia 26 de fevereiro para a segunda dose."
Assim como na Vila Romana, nenhuma das cinco UBS visitadas pelo UOL tinha fila. Na do Alto de Pinheiros, zona oeste, a dona de casa Carla Miranda, 42, ficou com os olhos cheios de lágrimas ao falar da vacinação do sogro, 90, cujo nome ele preferiu não dizer.
"Estou emocionada", disse enquanto a enfermeira aplicava a injeção pela janela do carro em que ele estava. "Foi ele quem me ligou ontem à noite dizendo que a vacina seria liberada hoje e que queria vir para cá bem cedo!" Ali, os idosos aguardavam cerca de 10 minutos para preencher um termo de responsabilidade e receber o imunizante.
Na UBS da Vila Leopodina, o preenchimento do termo irritou a aposentada Janete Veloso, 67, filha de Berly Nascimento Santos, 90. "Aqui pergunta se ela está grávida! Veja se pode..."
Dona Berly se disse "feliz" por receber a vacina. "Eu vim assim que soube. Sempre tomo vacina, não perco nenhuma campanha", disse.
Na mesma unidade, dona Edith Moura, 93, acabara de ser vacinada. "Não demorou 15 minutos, nem senti a picada", afirmou. Ela estava acompanhada da filha, a aposentada Roberta Moura, 55, que temia ficar doente e contaminar a mãe, com quem mora na mesma casa.
"É claro que eu também quero e preciso receber [a vacina], mas agora me sinto aliviada por saber que, mesmo ficando doente, não vou contaminar minha mãe. Voltamos dia 26 para a segunda dose."
Entre 7h50 (horário de Brasília) — quando o primeiro idoso foi vacinado na unidade — e 9h56, 40 idosos receberam o imunizante, segundo o Observatório Vila Leopoldina, que acompanha a movimentação na unidade.
Na UBS Jardim Peri, na Vila Cachoeirinha, zona Norte, a procura era fraca. Até as 12h, apenas cinco pessoas haviam procurado o posto para se vacinar, segundo a enfermeira responsável pelo trabalho, que preferiu não se identificar. "Acho que o movimento será maior na segunda-feira", disse.
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