União Química prevê acordo com governo na próxima semana para Sputnik V
O presidente do grupo União Química, Fernando de Castro Marques, prevê que o acordo para a compra do governo federal de 10 milhões de doses da vacina contra a covid-19 Sputnik V deve ser concluído na semana que vem.
"É muito importante a gente concretizar isso na próxima semana de forma a assegurar essa quantidade. [...] Já estivemos tratando disso diretamente com o Ministério [da Saúde], com o secretário-executivo, e nessa [próxima] semana vamos formalizar a proposta para essa entrega", disse Castro Marques, em entrevista hoje à CNN Brasil.
O acordo e a chegada das doses da Rússia ao Brasil dependem de a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizar o uso da Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, da Rússia, no país, afirmou.
"Iremos contratar e comprar as 10 milhões de doses se o preço for plausível, e efetuaremos o pagamento após a Anvisa dar a autorização para uso emergencial da Sputnik V, fazendo a disponibilização imediatamente aos brasileiros. E, futuramente, a depender dos entendimentos que tivermos com a União Química, interessa-nos também adquirir a produção que a empresa vier a fazer no Brasil dessa vacina", afirmou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, em matéria no portal da pasta.
A União Química é a responsável pela vacina russa no Brasil. Castro Marques espera completar a documentação da Sputnik V junto à Anvisa no início da semana.
"Estamos na dependência da Anvisa. Vamos fazer a proposta e assinar o contrato com o Ministério da Saúde, que vai ficar dependendo de a Anvisa liberar. Não se faz nada sem autorização da Anvisa", informou.
Essas primeiras 10 milhões de doses serão importadas da Rússia. "O cronograma encaminhado pelo instituto [Gamaleya] indica que podem ser exportadas ao Brasil 400 mil doses uma semana após assinatura do contrato de compra. Outros dois milhões estariam no Brasil um mês depois e mais 7,6 milhões ao longo do segundo e terceiro meses", indicou o Ministério da Saúde.
A previsão do presidente da União Química é que a produção da vacina no Brasil possa começar em abril.
O portal da Anvisa afirma que o pedido de anuência do estudo com a vacina Sputnik V ainda está em avaliação e ela ainda não é considerada como uma vacina em teste no Brasil. Castro Marques informou que a fase 3 de estudos da vacina no país será realizada assim que a agência permitir. "Vamos cumprir tudo", falou.
Nesta semana, a Anvisa flexibilizou regras e retirou a exigência de que haja estudos de fase 3 sendo feitos no Brasil para que a agência conceda a autorização de uso emergencial de uma vacina.
A produção do IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) para a vacina será concentrada em fábrica no Distrito Federal. O envase será feito em Guarulhos, São Paulo.
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