Dino diz que promessa da Saúde permite cobrar vacinas: 'antes era trevas'
Colaboração para o UOL, em São Paulo
17/02/2021 22h07
Após reunião entre governadores e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, realizada hoje, o governador do Maranhão, Flávio Dino, se mostrou otimista sobre os rumos da vacinação contra a covid-19 no Brasil. No encontro, Pazuello apresentou um cronograma e os acordos que o ministério tem até o momento para a aquisição de imunizantes, o que, para Dino, mostra um "horizonte" para o fim da crise.
"Antes havia trevas absoluto, hoje nós temos uma referência pelo menos para cobrar e nos planejar. Vamos torcer e trabalhar juntos tanto quanto possível pra que isso seja executado", disse o governador do Maranhão em uma entrevista para a CNN Brasil na noite de hoje.
Ano passado, Dino criticou duramente a falta de planejamento do governo brasileiro em relação ao plano de imunização. Os compromissos por escrito feitos para os governadores hoje e a presença dos presidentes dos institutos Butantan e Fiocruz deixaram o governador mais esperançoso.
"A esperança é muito forte, porque nós estamos num quadro dramático, e o ministro assumiu compromissos por escrito. Estava presente também o ministro Ramos, que chefia a parte política do governo, e estavam presentes o presidente do Butantan e da Fiocruz", explicou Dino.
Centralização na Coronavac e na vacina Astrazeneca/Oxford
Ainda de acordo com Flávio Dino, o plano do ministério da Saúde é que o núcleo principal de vacinação no Brasil seja feito com os imunizantes produzidos pelo Instituto Butantan e pela Fiocruz, embora a pluralidade de fornecedores seja algo amplamente discutido.
"Como o núcleo do plano é o Butantan e o Fiocruz se isso andar já é grande coisa. Covax Facility, Sputnik, eventualmente a Pfizer, viram complementos do núcleo do plano que dependem do Butantan e a Fiocruz", afirmou ele.
Os governadores são favoráveis à Medida Provisória que facilita a autorização emergencial de vacinas já aprovadas por agências reguladoras de outros países. Flávio Dino "crê" que, considerando o cronograma apresentado, o ministério da Saúde espera a aprovação de novas vacinas.
"Ele apenas apresentou objeção jurídica do que se refere à Pfizer e à Janssen. Em relação à outras modalidades, ele não apresentou nenhuma observação. Então quero crer que a sinalização vai no sentido de elas serem validadas", disse o governador do Maranhão.