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Ocupação de leitos de UTI covid em hospitais públicos de Goiás chega a 96%

Ronaldo Caiado, governador de Goiás - Pedro Ladeira/Folhapress
Ronaldo Caiado, governador de Goiás Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Ed Rodrigues

Colaboração para UOL, em Recife

28/02/2021 16h40

Os leitos de UTI voltados a pacientes com covid-19 em hospitais públicos de Goiás alcançaram 95,74% de ocupação. O número foi divulgado hoje no balanço atualizado da Secretaria Estadual de Saúde. O crescimento na taxa de ocupação dos leitos e nos registros de casos suspeitos, que ultrapassam os 335 mil, obrigou a governo do estado a endurecer as medidas restritivas.

A Secretaria de Saúde informa que Goiás dispõe apenas de 17 leitos de UTI livres, de um total de 407. Com relação aos leitos nas enfermarias, a taxa de ocupação chegou aos 82,16%, o que significa que, das 439 unidades, 373 estão ocupadas.

Pacientes à espera de internação

Até a publicação desta matéria, o mecânico Demétrio Rivelli, 39, tentava atendimento para o pai, o aposentado Hélio Rivelli, 72, que respira com dificuldade.

"A gente teve contato com um amigo que pegou covid. Meu pai gripou e resolvemos fazer o teste. Pegamos ele e eu. Não tenho sintomas, mas ontem ele começou com uma crise de cansaço", explicou.

Segundo o mecânico, duas unidades por onde eles passaram recomendaram buscar hospitais maiores para o caso de uma possível internação.

"Chegamos aqui no HDT (Hospital de Doenças Tropicais) e estamos aguardando ele ser atendido. Não sei se o caso dele é grave, mas acho que vai precisar ficar internado porque está ficando sem ar", disse.

O UOL procurou a unidade de saúde, mas os profissionais alegam não terem autorização para comentar as demandas do hospital.

Fechamento de atividades não essenciais

A alta taxa de ocupação dos leitos obrigou o estado de Goiás a endurecer as medidas de isolamento social. Ontem, o governador Ronaldo Caiado (DEM) recebeu gestores da Grande Goiânia para firmar o começo de um novo protocolo.

O endurecimento das regras começa amanhã e tem duração de sete dias. Após o prazo, será realizada uma avaliação pelas administrações municipais sobre a necessidade de prorrogar a medida por mais sete dias.

O acordo determina o fechamento de todas as atividades não essenciais.

"Todos nós damos as mãos para podermos não deixar faltar leito a nenhum cidadão que necessite de um atendimento médico e até do atendimento em UTI", afirmou o governador.