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Mourão rejeita lockdown nacional e defende campanha "em todos os níveis"

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) não esclareceu como seria campanha para convencer população a se proteger melhor contra o coronavírus - Francisco Stuckert/Fotoarena/Estadão Conteúdo
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) não esclareceu como seria campanha para convencer população a se proteger melhor contra o coronavírus Imagem: Francisco Stuckert/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Eduardo Militão

Do UOL, em Brasília

02/03/2021 10h07

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou que um confinamento nacional para frear o avanço da segunda onda do coronavírus "não adianta". Ele disse que a realidade local é que deve ser avaliada. No entanto, o vice-presidente defendeu "uma campanha, em todos os níveis de, conscientização da população" sobre as melhores formas de proteção. Mas ele não detalhou como seria essa proposta.

O vice-presidente ainda defendeu mudanças no transporte urbano e meios de acelerar a vacinação.

Jornalistas questionaram o vice-presidente na manhã de hoje sobre sua avaliação de um possível confinamento, o chamado "lockdown", em todo o Brasil. Mourão não apoiou a ideia. "Isso são coisas de cada lugar", respondeu. "São cinco países diferentes num só. Não adianta querer impor algo nacional. Como é que você vai fazer isso pra valer? A imposição? Nós não somos ditadura."

Eu acho que tem que haver uma campanha, em todos os níveis, de conscientização da população.
Hamilton Mourão, vice-presidente

Os repórteres perguntaram se ele avaliava que uma campanha do governo federal e dos estados ajudaria. Mourão respondeu dizendo que a população cansou de ficar em casa.

"A população cansou. Quando teve primeira onda, mais leve mas com casos que levaram a óbito, o pessoal ficou trancado em casa. De uma hora para outra, abre. E, aí, para voltar de novo, é complicado. Nosso povo gosta de estar na rua."

Mourão afirmou que outras medidas que precisam ser tomadas para conter o avanço da segunda onda da covid-19 seria analisar melhor o funcionamento do transporte urbano e conseguir acelerar a vacinação.

"Acho que tinha que ter uma atitude em relação ao transporte urbano. Nenhum gestor se preocupou muito com isso aí. E a gente conseguir acelerar as vacinas. Acelerando as vacinas, a coisa anda de forma boa."