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SP: PGJ avalia tirar eventos religiosos de atividades essenciais

Igrejas - Reprodução/Facebook/Templo de Salomão
Igrejas Imagem: Reprodução/Facebook/Templo de Salomão

Do UOL, em São Paulo

08/03/2021 23h11

O procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, avalia retirar eventos religiosos da lista de atividades essenciais durante a fase vermelha do Plano São Paulo, a mais restritiva, de controle da pandemia da covid-19, além de outros cenários.

Na nova fase vermelha, as atividades religiosas foram liberadas, depois que o governador, João Doria (PSDB), as incluiu na categoria "serviços gerais", junto com bancos, lotéricas e hotéis. As celebrações devem acontecer mediante restrições, sendo a principal delas operar com apenas 30% da ocupação.

"Temos procurado enfrentar a pandemia com muita responsabilidade", disse Sarrubbo no início da reunião virtual, que contou ainda com a participação de membros do gabinete de crise da covid-19 do MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo), entre outros.

"Temos que diminuir ao máximo a circulação de pessoas", sustentou o PGJ, apontando a alta taxa de ocupação dos leitos de UTI e o maior índice de transmissibilidade das novas cepas do coronavírus como fatores críticos.

O estado de São Paulo atingiu ontem pela primeira vez a marca de 80% da ocupação de UTIs (unidades de tratamento intensivo) voltadas à covid-19. De acordo com dados da plataforma Seade, usada pela Secretaria Estadual da Saúde, todo o estado tem ocupação de 80,05% e três regiões já passam dos 90%. Entre os leitos de enfermaria, a taxa é de 63,4%.

A possibilidade de um colapso nas próximas semanas é algo que já é debatido e externado no Palácio dos Bandeirantes. Para tentar reverter a situação, o governo colocou todo o estado na fase vermelha, a mais restritiva do Plano São Paulo, em que todos os serviços não essenciais são fechados. A medida vale até 19 de março, com possibilidade de prorrogação.

Nesta segunda, o governo de São Paulo anunciou a criação de 280 leitos de emergência para covid-19 até o fim do mês no estado. Considerados novos hospitais de campanha, estes leitos serão instalados em 11 unidades de saúde na capital, no litoral e no interior.