Brasil firma parceria para testar spray de Israel, mas não define data
Após uma missão diplomática de três dias, o Brasil fechou um acordo com Israel para testar a segunda e a terceira fase do spray nasal EXO-CD24, desenvolvido para combater a covid-19. Ainda não há previsão de quando os testes irão começar e nem quando ficará disponível para o uso da população.
O medicamento ainda não tem eficácia comprovada, mas levou uma comitiva de dez pessoas chefiada por Ernesto Araújo ao país, após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se interessar pelo spray e considerá-lo "milagroso".
O spray havia sido testado em 30 voluntários internados no Hospital Ichilov, em Tel Aviv. De acordo com o governo de Israel, 29 pacientes conseguiram se recuperar da doença entre três e cinco dias.
Acordos internacionais
Em uma rede social, o assessor para assuntos internacionais do Planalto, Filipe Martins, alegou que na missão em Israel foi assinado um acordo de cooperação com o Instituto Hadassa nos testes do medicamento Allocetra, para casos moderados e graves da covid-19.
Com o Ichilov, o governo federal "abriu caminhos" para que o Brasil seja o principal parceiro nas fases do spray nasal. O tratamento será indicado para casos graves da covid-19.
Um grupo de trabalho será estabelecido com o Instituto Weizmann para a cooperação em mais de 65 linhas de pesquisa na área de enfrentamento à pandemia, de acordo com a Assessoria Especial de Assuntos Internacionais. O acordo prevê tecnologias de testagem, análises de tendências na propagação do novo coronavírus, medicamentos e vacinas.
O acordo com o governo de Israel também inclui o compartilhamento de dados sobre o uso da vacina da Pfizer. De acordo com o governo federal, a medida foi adotada para "garantir maior segurança", enquanto o Brasil se prepara para utilizar os imunizantes da farmacêutica.
Israel se destaca como um dos países que mais vacinou a população. O imunizante da Pfizer apresentou 92% de eficácia em testes realizados em solo israelense.
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