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Ato pró-Bolsonaro causa aglomeração e impede vacinação de idosos em Maceió

"Não compactuamos com esse tipo de atitude. A vacina salva vidas", criticou o prefeito JHC em uma rede social - Reprodução/Twitter
"Não compactuamos com esse tipo de atitude. A vacina salva vidas", criticou o prefeito JHC em uma rede social Imagem: Reprodução/Twitter

Carlos Madeiro

Colaboração para o UOL, em Maceió

14/03/2021 18h50Atualizada em 15/03/2021 11h28

O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PSB) — o JHC —, chamou de "absurda" a manifestação a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e contra governadores e STF (Supremo Tribunal Federal), na manhã de hoje, que causou aglomeração em um dos principais pontos de vacinação contra a covid-19 na capital alagoana.

O ato —organizado por seis movimentos de extrema direita em Alagoas— teve concentração por volta das 9h no estacionamento do Jaraguá, bairro histórico de Maceió. Muitos deles desceram dos carros e boa parte não usava máscaras. Eles lotaram o local de carros, fechando a entrada do estacionamento, o que impediu o acesso de idosos que procuravam vacinação.

Imagens compartilhadas pelos próprios manifestantes mostram que eles permaneceram no local, ao lado da tenda montada para vacinação de idosos a partir de 75 anos. No local, ainda houve "buzinaço" antes de seguirem para a orla, quase duas horas depois do início da concentração.

"Todos têm direito de se manifestar. Mas é absurdo invadir o estacionamento do posto de vacinação do Jaraguá, aglomerar e bloquear a entrada de idosos que seriam imunizados. Não compactuamos com esse tipo de atitude. A vacina salva vidas. Só com ela vamos retomar a economia", disse o prefeito.

Ainda segundo JHC, o ato foi patrocinado por um vereador da cidade, mas ele não citou qual.

"O mais lamentável é que, enquanto a prefeitura trabalha de domingo a domingo para salvar vidas, teve vereador patrocinando e marcando o ato que impediu a vacinação neste domingo em Jaraguá", afirmou.

O ato deste domingo ocorreu em várias cidades do país e, em Maceió, foi concluído com manifestantes indo até a porta da 59° Batalhão de Infantaria Motorizado do Exército, no bairro do Farol, onde pediram intervenção militar.

Antes, eles cruzaram a orla com faixas que defendiam o tratamento precoce contra a covid-19 e criticavam os decretos de isolamento social em vigor no estado.