Amazonas negocia compra de 1 milhão de doses da vacina Sputnik
O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), afirmou ontem que está negociando a compra de 1 milhão de doses da Sputnik V, vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, da Rússia, e que será produzida no Brasil pela farmacêutica União Química.
Segundo o Amazonas, a compra deve complementar as vacinas recebidas pelo PNI (Plano Nacional de Imunização). O acordo ainda depende da liberação da vacina pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) —a União Química não pediu o uso emergencial da vacina. O prazo de entrega das doses, diz o governo do Amazonas, também será levado em consideração.
"O governo do Amazonas já fez sua solicitação para a compra de 1 milhão de doses, naturalmente isso tudo alinhado com o governo federal, alinhado com o Programa Nacional de Imunização", disse Wilson Lima.
Compra pelo consórcio da Amazônia Legal
O processo de compra da Sputnik V foi discutido em reunião com os governadores do Amazonas e de outros oito estados, que integram o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins).
O plano é negociar a compra de 10 milhões de doses —1 milhão seriam enviadas ao Amazonas.
No último dia 5 de março, o Consórcio da Amazônia Legal também se reuniu com o embaixador dos Estados Unidos, Todd Chapman, para discutir a possibilidade de compra de vacinas excedentes dos EUA.
O Consórcio da Amazônia Legal não foi o único a negociar a compra da Sputnik V. Nesta semana, os governadores dos estados do Nordeste assinaram contratos individuais para adquirir 37 milhões de doses da vacina, no total.
Para fazer a contratação direta, os estados estão se apoiando na lei que autoriza Estados e municípios a importarem vacinas aprovadas por autoridades de outros países e blocos como Estados Unidos, União Europeia, Japão, China, Reino Unido, Rússia, Índia, Coreia do Sul, Canadá, Austrália e Argentina.
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