Contra covid, Paes avalia 'fechamento completo' no Rio e antecipar feriados
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), disse hoje que cogita o "fechamento completo" da cidade por causa da pandemia do coronavírus. O chefe do executivo municipal carioca também avalia a antecipação de pelo menos três feriados de abril para diminuir a circulação de pessoas nas ruas.
A gente vai discutir a possibilidade sim do fechamento completo das coisas (...) Nós vamos observar os números desses próximos quatro dias, quinta, sexta, sábado e domingo, e, dependendo de como for esses números, a gente vai debater com o comitê científico a necessidade de medidas mais duras no combate à pandemia
Eduardo Paes
Ao participar da inauguração do BioParque do Rio, o antigo Jardim Zoológico da cidade, Paes afirmou que não descarta nenhuma nova medida para evitar a propagação da covid-19. O prefeito explicou que avalia a antecipação das datas em que se comemoram a Sexta-feira Santa (2 de abril), Tiradentes (21 de abril) e São Jorge (23 de abril).
"Estou discutindo a possibilidade, inclusive, da antecipação desses feriados para os próximos 10 a 15 dias, para que a gente possa ter um momento de interrupção da transmissão do vírus", avisou Paes.
Alinhamento estadual
O prefeito também fez um apelo ao governador em exercício, Cláudio Castro (PSC), para que o estado também adote medidas mais severas contra a circulação das pessoas. Paes voltou a falar que a capital fluminense "não é uma ilha" e disse que conversou com Castro ontem à noite.
"Disse a ele que é muito difícil que uma cidade com as características do Rio de Janeiro, centro de uma Região Metropolitana, tome medidas sem que haja uma ação mais efetiva do ente federal, que coordena os municípios (...) a cidade do Rio de Janeiro vai tomar suas decisões, vamos informar discutindo com governo do estado, mas esperando que a gente tenha uma solidariedade metropolitana", pediu.
Paes ainda cobrou medidas efetivas do governo federal, citando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e do Congresso Nacional.
"Não é possível imaginar que um país como o Brasil, que 90% do país está vendo uma situação de economia parada, que não haja estímulos, medidas efetivas de transferência de renda, objetivas nesse momento; que não haja nenhum tipo de auxílio para empresários, comerciantes, níveis de governo, para que a gente possa enfrentar essa pandemia", cobrou, dizendo que essas são medidas que até os países "mais liberais dos neoliberais entendem a importância e o papel do Estado nesse momento".
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