Fura-filas da vacina em MG: 134 servidores estavam em teletrabalho
A nova lista de fura-filas da vacinação contra covid-19 em Minas Gerais, divulgada hoje pela Assembleia Legislativa do Estado (ALMG), mostra que 134 dos servidores vacinados estavam em teletrabalho.
Os imunizados que realizavam home office atuam nas Superintendências Regionais de Saúde em cidades do interior de Minas. São elas Alfenas, Barbacena, Diamantina, Ituiutaba, Leopoldina, Manhuaçu, Patos de Minas, Pirapora, São João Del Rei, Sete Lagoas, Teófilo Otoni, Uberlândia e Varginha. Veja aqui.
A relação com 1.852 nomes foi enviada aos membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que irá investigar as irregularidades. O documento foi assinado pelo ex-secretário de saúde Carlos Eduardo Amaral, que deixou o cargo no último dia 13 de março.
Também compõe a nova lista 32 servidores de almoxarifado. Outros 116 são da Rede de Frio Estadual e 250 das Farmácias de Minas. São 333 trabalhadores de apoio que têm contato com o público, 308 em trabalho de campo e mais 549 estão em trabalho presencial.
Em lista divulgada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) na última semana, constavam os dados de 828 servidores de Belo Horizonte, também imunizados. Com isso, o total de vacinados chega agora a 2.680.
Nem todos os relacionados na lista, porém, furaram a fila, já que a ordem de imunização depende do cronograma de cada cidade, conforme explica a Secretaria. No entanto, caso fique comprovada a irregularidade, os envolvidos podem ser exonerados. O Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) também investiga o caso
A SES-MG informou, ainda, que a Controladoria Geral do Estado (CGE) também iniciou investigação preliminar para apurar se há "indícios de materialidade e autoria, informações mínimas para a instauração do Processo Administrativo Disciplinar (PAD), se for o caso".
CPI dos fura-filas
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fura-Filas da Vacinação, que vai apurar se houve vacinação irregular de grupos não prioritários no Estado, elegeu hoje os deputados João Vítor Xavier (Cidadania) e Ulysses Gomes (PT) como presidente e vice-presidente, respectivamente, da comissão. O deputado Cássio Soares (PSD) será o relator.
Também serão investigados o baixo investimento na ampliação de leitos e a não aplicação do mínimo constitucional em serviços públicos de saúde. A segunda reunião do grupo acontece amanhã, às 16h, para discussão e votação de requerimentos.
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