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Sem UTIs, prefeito de Campinas quer evitar mortes 'na porta do hospital'

Dário Saadi dobrou valor das multas para quem fizer festas - Reprodução/Facebook/Dário Saadi
Dário Saadi dobrou valor das multas para quem fizer festas Imagem: Reprodução/Facebook/Dário Saadi

Colaboração para o UOL

18/03/2021 07h59

Dário Saadi (Republicanos), prefeito de Campinas, disse que tomou medidas de restrição mais duras na cidade porque precisa evitar mortes "na porta do hospital". Segundo ele, há pacientes que não conseguem o atendimento ideal na região. A taxa de ocupação de leitos de UTI em hospitais públicos está em 100%.

"Os pacientes estão em leitos de retaguarda. Até tem estrutura de respiradores, mas não estão na UTI. Estão sendo assistidas, mas não dentro da unidade específica para atendimento. Por isso estamos ampliando leitos, mas isso tem que ser feito junto com redução da taxa de transmissão", explicou Dário, em entrevista à CNN Brasil.

O prefeito de Campinas comentou que as medidas mais restritivas devem durar até 30 de março e criticou a falta de coordenação nacional para combater a pandemia. Mas afirmou que não pode esperar essa organização para evitar mortes.

"Não vamos ficar de braços cruzados e deixar as pessoas morrerem na porta do hospital. Quem está vendo o sofrimento é o município. Não é por falta de coordenação que vamos ficar de braços cruzados", prometeu o prefeito.

Segundo Dário, Campinas terá ampliação de 30 novos leitos de UTI nesta semana. "Mas só isso não vai resolver. Se não tiver diminuição da transmissão do vírus, o sistema de saúde não vai resolver".

Como reduzir transmissão

Para tentar controlar a pandemia, Dário tem aumento as restrições na cidade com frequência. Uma das novidades é o aumento da multa para quem faz festas, inclusive em casa. O valor da punição dobrou, de R$ 1500 para R$ 3000.

"Decretamos toque de recolher às 20 horas e ampliamos multas para festas, inclusive em casa, com mais de 10 pessoas. Tem população que critica, mas você tem que pensar na vida em 1º lugar", defendeu o prefeito.

Campinas registrou ontem 24 novas mortes, somando ao todo 2.065 óbitos. Com praticamente 100% das UTIs ocupadas, a prefeitura já cogitou adotar um lockdown, com fechamento ainda mais severo.