Em pior sábado da pandemia, Brasil registra 2.331 mortes em 24 horas
Com 2.331 mortes nas últimas 24 horas, o Brasil registrou hoje o maior número de óbitos por covid-19 para um sábado em toda a pandemia. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.
Desde março de 2020, 292.856 brasileiros morreram em decorrência da covid-19. No total, são 11.949.335 casos no país, 72.326 notificados desde ontem. A média de óbitos nos últimos sete dias bateu recorde pelo 22º dia seguido e ficou em 2.234. O indicador é 49% maior do que a média registrada há 14 dias, o que indica tendência de aceleração.
É o quinto dia consecutivo em que o país ultrapassa a marca de 2.000 novas vítimas. No entanto, pela primeira vez isso acontece em um sábado — as notificações costumam diminuir aos finais de semana.
Este é o 59º dia consecutivo no qual o Brasil registra uma média de mortes por covid-19 acima de mil, a mais longa em toda a pandemia.
O Brasil em números
Na primeira onda:
- Maior número de mortes em 24 h: 1.554 (19/7)
- Maior média móvel de óbitos: 1.097 (25/7)
- Maior período com média acima de mil: 31 dias
- Maior número de óbitos em uma semana: 7.679 (de 19/7 a 25/7)
Na segunda onda:
- Maior número de mortes em 24 h: 2.798 (16/3)
- Maior média móvel de óbitos: 2.234 (20/3)
- Maior período com média acima de mil: 59 dias
- Maior número de óbitos em uma semana: 12.770 (de 7/3 a 13/3)
As 25 maiores médias móveis de mortes por covid-19 no Brasil ocorreram nos últimos 25 dias. As dez mais altas são as seguintes:
- 20 de março: 2.234
- 19 de março - 2.178
- 18 de março - 2.096
- 17 de março - 2.031
- 16 de março - 1.976
- 15 de março - 1.855
- 14 de março - 1.832
- 13 de março - 1.824
- 12 de março - 1.761
- 11 de março - 1.705
Os cinco dias com maior número de mortes em toda a pandemia ocorreram nos últimos dez dias (os números não indicam quando os óbitos ocorreram de fato, mas, sim, quando passaram a contar dos balanços oficiais):
- 16 de março - 2.798
- 17 de março - 2.736
- 19 de março - 2.730
- 18 de março - 2.659
- 10 de março - 2.349
Seis estados reportaram mais de 100 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. O total de vítimas apenas nestes estados chega a 1.629:
- São Paulo - 616
- Rio Grande do Sul - 307
- Paraná - 180
- Minas Gerais - 224
- Bahia - 115
- Rio de Janeiro - 187
Dados do governo federal
O Brasil registrou 2.438 novas mortes provocadas pela covid-19 em um intervalo de 24 horas, segundo o Ministério da Saúde. Em boletim divulgado neste sábado (20), a pasta informou que o país soma 292.752 óbitos desde o início da pandemia.
De ontem para hoje, houve 79.069 diagnósticos positivos para o novo coronavírus em todo o país. Desde o começo da pandemia, o total de infectados chegou a 11.950.459.
Segundo a pasta, 10.419.393 pessoas se recuperaram da doença, enquanto outras 1.238.314 estão em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: aceleração (35%)
- Minas Gerais: aceleração (31%)
- Rio de Janeiro: estável (12%)
- São Paulo: aceleração (75%)
Região Norte
- Acre: estável (-8%)
- Amazonas: queda (-36%)
- Amapá: aceleração (156%)
- Pará: aceleração (44%)
- Rondônia: aceleração (28%)
- Roraima: queda (-27%)
- Tocantins: aceleração (126%)
Região Nordeste
- Alagoas: aceleração (52%)
- Bahia: aceleração (18%)
- Ceará: aceleração (30%)
- Maranhão: estável (-6%)
- Paraíba: aceleração (73%)
- Pernambuco: aceleração (59%)
- Piauí: aceleração (35%)
- Rio Grande do Norte: aceleração (48%)
- Sergipe: aceleração (145%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: aceleração (108%)
- Goiás: aceleração (88%)
- Mato Grosso: aceleração (108%)
- Mato Grosso do Sul: aceleração (72%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (48%)
- Rio Grande do Sul: aceleração (82%)
- Santa Catarina: aceleração (41%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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