No ES, morte de idosos acima de 80 anos diminui após aplicação de vacina
No Espírito Santo, a taxa de mortalidade de idosos acima de 80 anos pelo novo coronavírus tem diminuído conforme os que tomaram a vacina contra a covid-19 estão adquirindo imunidade contra o vírus, segundo o secretário de Saúde do estado, Nésio Fernandes.
De acordo com dados divulgados por Fernandes no Twitter, no ES, antes dos idosos desta faixa etária começarem a ser vacinados, a mortalidade por covid-19 das pessoas com mais de 90 anos era de 34,5%, enquanto a das pessoas entre 80 e 89 anos era de 23,5%.
A taxa de mortalidade, porém, tem diminuído. Segundo o secretário, entre os idosos acima de 90 anos que se vacinaram, foram detectados 201 casos do novo coronavírus, sendo que:
- No total, em 29 casos, houve morte (taxa de 14,4%);
- Porém, entre os que vacinaram há pelo menos duas semanas (14 dias), houve 10 mortes (4,9%);
- E entre os que se vacinaram há pelo menos quatro semanas (28 dias), houve quatro mortes (1,9%).
Os números são ainda mais positivos entre os idosos entre 80 e 89 anos que se vacinaram, grupo em que o governo do ES detectou 868 casos desde o início da campanha de imunização, sendo que:
- No total, em 17 casos, houve morte (taxa de 1,9%);
- Porém, entre os que se vacinaram há pelo menos duas semanas, houve cinco mortes (0,5%);
- E entre os que se vacinaram há pelo menos quatro semanas, não houve nenhuma morte (0%).
O Espírito Santo começou a campanha de imunização contra a covid-19 no dia 18 de janeiro, quando aplicou a primeira dose da CoronaVac em uma técnica de enfermagem.
Ontem, segundo dados atualizados pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, o Brasil atingiu a marca de 11,8 milhões de vacinados com a primeira dose contra a covid-19, o que correspondente a 5,5% da população do país.
Deste número, 4,1 milhões já receberam também a segunda dose do imunizante contra o novo coronavírus — 1,9% da população —, conforme recomendação dos laboratórios que fabricam a CoronaVac e a Covishield (Oxford), utilizadas no país.
Quando se adquire a imunidade pós-vacina?
A vacina de Oxford é capaz de atingir uma eficácia geral de 76% após 22 dias da aplicação da primeira dose, podendo superar os 82% se a pessoa receber a segunda aplicação, segundo a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
Já de acordo com o Instituto Butantan, são necessárias, em média, duas semanas após a aplicação da CoronaVac para que a pessoa esteja protegida contra o novo coronavírus.
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