Consórcio de prefeitos mira liberação de 30 milhões de vacinas dos EUA
O presidente da FNP (Frente Nacional de Prefeitos), Jonas Donizette, acredita que o Brasil tem argumentos suficientes para conseguir a liberação de cerca de 30 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca que estão estocadas nos Estados Unidos.
Em entrevista à Rádio CBN, Donizette explicou os objetivos do consórcio de prefeituras, que vai ser instalado hoje para ajudar no combate à covid-19, e disse que a situação do país deve despertar a atenção de todos o mundo.
"Estamos em contato com as principais vacinas. Primeiro objetivo (do consórcio) é comprar, mas também queremos antecipar (a chegada de vacinas) mostrando a situação perigosa que o Brasil vive, o nosso povo, e oferece para mundo", disse, citando particularmente a questão das vacinas da AstraZeneca nos Estados Unidos.
"Acredito que temos argumentos mais do que suficientes para que os EUA destinem 30 milhões de doses de AstraZeneca que eles só irão usar depois da aprovação da FDA, que deve ocorrer daqui a dois ou três meses", explicou.
Os Estados Unidos têm estocados cerca de 30 milhões de doses da AstraZeneca em um depósito em Ohio. O país ainda não liberou o uso do imunizante, sendo que o pedido de autorização para uso emergencial só deve ser feito após a publicação de um estudo de fase 3 hoje.
Segundo Donizette, a intenção seria propor que os Estados Unidos liberassem as vacinas já prontas para o Brasil, que se comprometeria a repor o estoque quando a AstraZeneca conseguir a liberação para uso no país.
"O que estamos propondo é isso.. temos vacinas previstas para 3 meses, que deve ser quando os EUA devem usar, e se usar. Estamos propondo uma simples troca. Em vez de deixar as vacinas guardadas, vamos usá-las no Brasil e, se eles necessitarem, fazemos a entrega dos nossos no período", disse.
Apesar de citar as 30 milhões de doses, o número disponível para negociação é incerto. De acordo com a imprensa americana, os Estados Unidos concordaram em fornecer 2,5 milhões de doses para o México e 1,5 milhões para o Canadá, como um empréstimo.
Antecipação de vacinas
Jonas Donizette ainda demonstrou confiança em antecipar a chegada de vacinas previstas apenas para o segundo semestre. Ele disse que conversas estão em andamentos, mas não especificou a quantidade de doses e quais fornecedoras poderiam acelerar o cronograma.
"Importante é ter vacina e estamos em negociação. A questão da antecipação é praticamente realidade. Vacinas previstas para vir ao Brasil apenas no segundo semestre, muito provavelmente conseguiremos antecipar", disse.
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