Após 86 dias de colapso, AM zera fila de UTI e cede leitos a outros estados
Oitenta e seis dias após iniciar uma fila de espera para leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas informou hoje que não há pacientes com covid-19 aguardando vaga em unidades de saúde em Manaus.
No interior, diz a pasta, hoje pela manhã havia sete pedidos de transferência de emergência. "Essa quantidade não é considerada fila, tendo em vista que há vagas e as remoções dependem apenas das condições clínicas dos pacientes e da logística de transporte", explicou a secretaria ao UOL.
A fila de espera no estado teve início no dia 6 de janeiro e chegou a ter mais de 500 pacientes aguardando uma vaga durante o colapso que atingiu o sistema de saúde.
No auge de busca por hospitais, a rede chegou a internar 258 pessoas em um único dia, em 14 de janeiro. Por falta de vagas, o número foi caindo e hoje, com menor número de casos, essa média é de 50 internações ao dia na última semana.
A queda foi alcançada após um rígido plano de isolamento social, que chegou a proibir a circulação de pessoas durante alguns dias.
Segundo boletim de hoje, a taxa de ocupação de UTIs no estado está em 75%, a menor entre as unidades da federação.
Com isso, o estado começa a retribuir o apoio que teve de outras localidades em seu momento mais crítico.
"As taxas de ocupação de leitos de UTI têm ficado abaixo de 80%, o que possibilitou a disponibilidade de 11 leitos de UTI e 16 leitos clínicos para pacientes de Rondônia e do Acre, na semana passada", afirma a pasta.
"Nesta terça-feira foram ofertados mais seis leitos de UTI e 18 leitos clínicos para os dois estados, por meio da 'Operação Gratidão', realizada pelo governo do Amazonas em parceria com os Ministérios da Saúde e da Defesa", finaliza.
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