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Ministro da Saúde é cobrado por ajustes na distribuição de oxigênio no MT

Ministro da Saúde foi cobrado por ajustes na logística de distribuição de oxigênio, após mudança que pode desabastecer 50 cidades do Mato Grosso  - Arquivo pessoal
Ministro da Saúde foi cobrado por ajustes na logística de distribuição de oxigênio, após mudança que pode desabastecer 50 cidades do Mato Grosso Imagem: Arquivo pessoal

Júlia Schiaffarino

Colaboração, UOL Brasília

25/03/2021 14h26

A Procuradoria-Geral da República (PGR) quer saber o que o Ministério da Saúde tem feito em relação ao risco de desabastecimento de oxigênio no Mato Grosso. Um ofício solicitando informações ao novo ministro, Marcelo Queiroga, foi remetido pelo órgão no qual são questionadas as ações da pasta para ajustar a logística do transporte de gases medicinais. A mudança do posto de abastecimento de cargas de Cubatão (SP) para Santa Cruz (RJ) teria colocado em xeque o abastecimento de 50 municípios.

No pedido de informação assinado pela subprocuradora-geral da República Célia Regina Souza Delgado, coordenadora do Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia Covid-19 (Giac) consta um pedido de intervenção secretaria de saúde do Mato Grosso. Este pedido havia sido remetido à Brasília no início da semana.

A situação relatada é grave e decorre do aumento de tempo gerado com a mudança na logística. Dois distribuidores que atendem ao estado já alertaram para risco de desabastecimento. De acordo com a secretaria de saúde, em razão do aumento expressivo dos casos graves de covid-19, houve a elevação no consumo dos gases medicinais passando de 2.000m3 diários para 10.000m3 diários, a partir de 18 de março. Isso resultou na redução do estoque de oxigênio do prestador.

O Mato Grosso já atingiu 100% da capacidade instalada dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) existentes na rede estadual.

Este é o quarto ofício com pedido de providências a ser enviado pelo Giac ao Ministério da Saúde. Na última semana, foram solicitadas medidas urgentes para evitar o desabastecimento de oxigênio no Amapá, Acre e em Roraima, os quais também se encontram sob iminente risco de desabastecimento de oxigênio e colapso na saúde pública.