Mourão diz que número de mortes por covid 'ultrapassou limite do bom senso'
O vice-presidente Hamilton Mourão alegou hoje em entrevista coletiva no Palácio do Planalto que o número de mortes pela covid-19 no Brasil "ultrapassou o limite do bom senso". A declaração do vice-presidente foi dada um dia após o Brasil ultrapassar a marca de 300 mil mortes pela doença, com mais de 2 mil óbitos registrados por dia.
"Agora vamos enfrentar o que está aí e tentar de todas as formas diminuir a quantidade de gente contaminada e, obviamente, o número de óbitos que, pô, já ultrapassou o limite do bom senso", disse Mourão.
Mourão disse que com a nova gerência do Ministério da Saúde pelo cardiologista Marcelo Queiroga, o governo "vai enfrentar de todas as formas" a covid-19 para diminuir o número de infectados e de mortes. Ao mesmo tempo, o vice-presidente voltou a se manifestar contra a ampliação de medidas restritivas nacionais para conter o avanço do coronavírus no Brasil.
"Não vejo condições de um lockdown nacional. Em um país desigual como o nosso, isso é impossível de ser implementado. Vai ficar só no papel. Julgo que essas medidas restritivas tem que ficar a cargo dos governadores e prefeitos porque cada um que sabe como está a situação da sua área e o governo federal deve dar apoio".
Mourão foi contra governadores ao lado de Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mudou o tom do discurso sobre o combate à pandemia no Brasil em um pronunciamento feito na noite de terça-feira (23). O presidente alegou que desde o começo da pandemia afirma que acredita na ciência e aposta na vacina como alternativa.
No entanto, no dia 19 de março, o chefe do Executivo entrou com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) contra os governadores que decretaram toque de recolher para evitar que a população circulasse e fosse infectada pela covid-19. Na altura, o vice-presidente Hamilton Mourão apoiou a atitude de Bolsonaro e avaliou que a medida "não era uma questão de confronto".
"Algumas medidas, o presidente coloca claro e eu concordo com ele, estão além da liberdade de manobra que cada governador tem, como essa questão de toque de recolher. Isso tem que ter uma legislação que ampare melhor", declarou.
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