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Corpos de pacientes que morreram por covid-19 ficam expostos em UPA de BH

Sindicato dos Servidores Públicos de Belo Horizonte denuncia que pessoas estão morrendo sem assistência - Divulgação / Sindibel / Imagem ilustrativa
Sindicato dos Servidores Públicos de Belo Horizonte denuncia que pessoas estão morrendo sem assistência Imagem: Divulgação / Sindibel / Imagem ilustrativa

Do UOL, em São Paulo

01/04/2021 16h23Atualizada em 01/04/2021 16h39

Por falta de espaço no necrotério da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Pampulha, em Belo Horizonte, corpos de pacientes que morreram por complicações da covid-19 ficaram expostos em frente à sala de emergência, localizada próximo à portaria da unidade. O caso aconteceu ontem e foi confirmado pela prefeitura da cidade ao UOL.

Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que as UPAs da capital têm apresentado um aumento na procura por atendimentos para pacientes com sintomas da covid-19 e que a Secretaria Municipal de Saúde está trabalhando para que todos sejam atendidos.

"A covid-19 é uma doença grave e muitos casos evoluem para óbito. Infelizmente ocorreram óbitos na UPA Pampulha. É importante esclarecer que essas pessoas estavam sendo assistidas por profissionais na sala de emergência", comunicou a Prefeitura.

Ainda de acordo com o governo municipal de Belo Horizonte, na Pampulha foi aberto o Centro de Saúde Santa Terezinha para atender pessoas que não apresentam sintomas respiratórios ou que apresentam casos com baixa e média complexidade, além de casos de pediatria.

"A estratégia visa ampliar o atendimento dos pacientes da região, deixando as UPAs dedicadas, prioritariamente, ao atendimento dos casos sintomáticos respiratórios", informou a Prefeitura.

Sindicato dos Servidores Municipais denuncia "falta de assistência"

O Sindibel (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte) denuncia que nas UPAs da cidade usuários e trabalhadores sofrem com as mortes e situações de catástrofe.

A organização afirma que as pessoas estão morrendo sem a assistência adequada e cobram medidas urgentes da prefeitura e dos governos estadual e federal.

A categoria pede para que as UPAS não sejam transformadas de forma permanente em CTIs (Centro de Terapias Intensivas), voltadas para o atendimento de pacientes em estado grave ou potencialmente grave.

"Vamos denunciar que as pessoas estão sofrendo e morrendo sem a assistência adequada: as UPAs não são CTIs! E cobrar medidas URGENTES da PBH, Governo de Minas e Governo Federal", escreveu o sindicato em seu site oficial.

Como forma de protesto, o Sindibel convocou a categoria para um ato simbólico no dia 7 de abril, às 13h, que será feito com balões pretos e cartazes que serão enviados para todos os trabalhadores das UPAs.

O sindicato aconselhou os profissionais a vestirem roupas pretas e a mostrar os cartazes e balões nas janelas e portas de cada Unidade de Pronto Atendimento.