Corpos de pacientes que morreram por covid-19 ficam expostos em UPA de BH
Por falta de espaço no necrotério da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Pampulha, em Belo Horizonte, corpos de pacientes que morreram por complicações da covid-19 ficaram expostos em frente à sala de emergência, localizada próximo à portaria da unidade. O caso aconteceu ontem e foi confirmado pela prefeitura da cidade ao UOL.
Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que as UPAs da capital têm apresentado um aumento na procura por atendimentos para pacientes com sintomas da covid-19 e que a Secretaria Municipal de Saúde está trabalhando para que todos sejam atendidos.
"A covid-19 é uma doença grave e muitos casos evoluem para óbito. Infelizmente ocorreram óbitos na UPA Pampulha. É importante esclarecer que essas pessoas estavam sendo assistidas por profissionais na sala de emergência", comunicou a Prefeitura.
Ainda de acordo com o governo municipal de Belo Horizonte, na Pampulha foi aberto o Centro de Saúde Santa Terezinha para atender pessoas que não apresentam sintomas respiratórios ou que apresentam casos com baixa e média complexidade, além de casos de pediatria.
"A estratégia visa ampliar o atendimento dos pacientes da região, deixando as UPAs dedicadas, prioritariamente, ao atendimento dos casos sintomáticos respiratórios", informou a Prefeitura.
Sindicato dos Servidores Municipais denuncia "falta de assistência"
O Sindibel (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte) denuncia que nas UPAs da cidade usuários e trabalhadores sofrem com as mortes e situações de catástrofe.
A organização afirma que as pessoas estão morrendo sem a assistência adequada e cobram medidas urgentes da prefeitura e dos governos estadual e federal.
A categoria pede para que as UPAS não sejam transformadas de forma permanente em CTIs (Centro de Terapias Intensivas), voltadas para o atendimento de pacientes em estado grave ou potencialmente grave.
"Vamos denunciar que as pessoas estão sofrendo e morrendo sem a assistência adequada: as UPAs não são CTIs! E cobrar medidas URGENTES da PBH, Governo de Minas e Governo Federal", escreveu o sindicato em seu site oficial.
Como forma de protesto, o Sindibel convocou a categoria para um ato simbólico no dia 7 de abril, às 13h, que será feito com balões pretos e cartazes que serão enviados para todos os trabalhadores das UPAs.
O sindicato aconselhou os profissionais a vestirem roupas pretas e a mostrar os cartazes e balões nas janelas e portas de cada Unidade de Pronto Atendimento.
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